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Schoenstatt
Movimento Apostólico

“Alex, vens comigo?” Pe. Alexander Menningen: o discípulo mais próximo do Pe. Kentenich.

María de la Riva - Instituto Secular Nossa Senhora de Schoenstatt

Pe. Alexander Menningen: “Sim, Padre, vou contigo”

Muitos de nós conhecemos o Pe. Alex Menningen, que “foi o colaborador mais estreito e próximo do Pai Fundador”. Também sabemos que o padre Kentenich lhe fez a famosa pergunta sobre se ele o seguiria no exílio, arriscando tudo: “Alex, vens comigo?” E sua resposta: “Sim, Padre, vou contigo”. Também são conhecidas as conferências e livros que escreveu sobre José Engling. Mas, quem é “o discípulo fiel do Padre Kentenich”? Que mensagem sua pessoa poderia nos trazer hoje?

Alexander Menningen nasceu em 20 de outubro de 1900, em Hillscheid, a cerca de seis quilômetros de Schoenstatt. No outono de 1913 ingressou no Seminário Menor Palotino. Conta o Pe. Hernán Alessandri que quando Alex ouviu o sermão que o Pe. Kentenich pregou em Hillscheid em 1913, ele foi muito impactado por suas palavras e por sua pessoa, por isso decidiu ser sacerdote e entrou no seminário naquele mesmo ano.

Fonte: Ammann R., Bausenhart K. e Klein J.M. (1994)

Colaborador próximo do Pe. Kentenich

Em 1915 ingressou na Congregação Menor, tornando-se José Engling uma referência e modelo para a sua vida. Após a Primeira Guerra Mundial completou seus estudos para o sacerdócio em Limburg e Roma. Durante o tempo de noviciado, em uma visita ocasional a Schoenstatt, as palavras e a pessoa do Pai Fundador foram fundamentais para fortalecer sua vocação:

“Olhe, na placa comemorativa do Santuário está o seu nome. Assim se encontra o seu nome e a sua pessoa inscritos profundamente no coração de Maria. Tu deves permanecer fiel a Ela por toda a sua vida e, colocando sua confiança nela, podes assumir todos os riscos relacionados à fé e à sua vocação sacerdotal”

Em 8 de agosto de 1926 foi ordenado sacerdote na Cidade Eterna e em 1927 recebeu seu diploma de doutorado em teologia. A partir de 1928, quando a Casa da Aliança foi abençoada, o Pe. Menningen tornou-se um dos colaboradores mais próximos do Pai Fundador. Desde então, foi assessor da juventude masculina nos tempos em que se desenvolveu a geração Ver Sacro, que tomou a vida de José Engling e de outros congregados heroicos como modelo exemplar.

Faça com que a Família cultive sua entrega total a Deus

A partir de 1941, o Pe. Menningen foi membro da direção provincial dos Palotinos e em seu cargo contribuiu como mediador do Movimento. Por outro lado, foi um dos principais interlocutores com o fundador quando o Pe. Kentenich foi preso na prisão de Coblença. Assim escreveu o Padre Kentenich, em 20 de janeiro de 1942, ao discípulo: “Aqui estou… e não posso fazer mais nada. Faça-me um favor: faça com que a Família cultive o Poder em Branco (aceitação plena da vontade de Deus para si mesmo) e a Inscriptio (pedir que Deus envie as cruzes que Ele planejou para si, em seu plano perfeito de amor). Então eu vou recuperar minha liberdade. Essa é sempre a minha resposta.”

Depois da Segunda Guerra Mundial, Pe. Menningen foi nomeado assistente espiritual dos Irmãos de Maria e contribuiu para a fundação do instituto. Por outro lado, foi nomeado vice-postulador da causa de beatificação de José Engling.

Em todos esses anos foi extenso seu trabalho, mas ainda mais significativo foi sua colaboração e fidelidade ao Pai, particularmente no tempo do exílio. Durante o exílio do Pe. Kentenich em Milwaukee, o Pe. Menningen tornou-se o chefe e referente para a Família de Schoenstatt. Por seu fiel seguimento do fundador. Em 1954 foi incitado a deixar Schoenstatt.

Em 1965, Roma autorizou a constituição do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt. O Padre Menningen foi um dos primeiros a ingressar na nova comunidade e foi superior geral interino dela.

Pe. José Kentenich, quem é você realmente? Diga-me qual é o seu segredo

Fonte: Agradecimentos ao Pe. Guillermo Carmona pela foto do Pe. Alex Menningen

Que razão o motivou a permanecer fiel ao fundador, mesmo quando sua pessoa foi questionada até pela própria Igreja? A descrição que Pe. Menningen fez do Pai Fundador em 1984 nos permite compreender sua visão:

“O padre Kentenich reuniu em sua pessoa o profeta capaz de ver e o teólogo capaz de refletir em virtude de um pensamento marcadamente metafísico. O Padre foi guarda de um carisma, de um grande dom do Espírito Santo, mas também de todas as qualidades de um talentoso educador e formador de homens. Era uma pessoa totalmente orientada para o sobrenatural e apaixonada por Deus, e ao mesmo tempo totalmente voltada para o terreno e autenticamente humano. Nos cinquenta e cinco anos em que o acompanhei no caminho de sua vida, me fazia em silêncio muitas vezes esta pergunta: ‘Quem é você realmente? Diga-me qual é o seu segredo. A resposta a esta pergunta não dita foi a seguinte: O Padre carregava dentro de si um segredo divino, cujo rastro podia ser descoberto, mas não se podia chegar ao fundo.”

O Pe. Menningen resumiu sua vida e sua vinculação com o Pai Fundador: “Embora eu sempre o seguisse, experimentei um aumento de liberdade, de independência, de capacidade criativa e um fortalecimento de minha personalidade. Minha vida não foi passada na sombra, mas sim na luz de alguém maior do que eu.”

Após a morte de Pe. Kentenich, o Pe. Menningen tornou-se a personalidade inspiradora central da Família de Schoenstatt, sendo Assessor da Presidência Geral. Preparou o processo de beatificação do Pe. Kentenich e foi seu postulador até 1976. Em 19 de maio de 1994, faleceu em Schoenstatt, em Sião, o mais próximo colaborador do Padre.

Referências:

Alessandri Morandié H. (2009). “La historia del Padre Kentenich.” Nueva Patris.
Ammann R., Bausenhart K. y Klein J.M. (1994). Der Gefährte: Erste Erinnerungen an P. Dr. Alexander Menningen ISCH. Patris Verlag.
Locher P., Niehaus J., Unkel H.W. y Vautiér P. (2011). Kentenich Reader Tomo 1: Encuentro con el Padre Fundador. Nueva Patris.
Neuenhofer J.M (2014). Mirar al Padre: dedicado en agradecimiento al Padre José Kentenich en el centenario de la fundación de Schoenstatt. Editorial Schoenstatt
Schmiedl J. (2000). Alexander Menningen. Patris Verlag.

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