No texto, o Pontífice enaltece que o trabalho deles, a sua “capacidade de sacrifício, juventude e entusiasmo enriquecem as comunidades que os acolhem”. Afinal, “a inclusão das pessoas mais vulneráveis é condição necessária para o Reino de Deus”.
Nem invasores, nem destruidores, nem usurpadores, mas trabalhadores dispostos, instrumentos para “conhecer melhor o mundo e a beleza da sua diversidade”, portadores de “dinâmicas revitalizantes e animadores de celebrações vibrantes” no caso dos católicos. É um novo e sentido apelo para mudar a abordagem e a percepção dos “irmãos” migrantes, aquele do Papa na mensagem para o 108º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, que se celebra no próximo dia 25 de setembro.
Um mundo com paz e dignidade
“Construir o futuro com os migrantes e refugiados” é o título do documento, assinado em São João de Latrão em 9 de maio e apresentado nesta quinta-feira (12), no qual o Pontífice entrelaça a sua análise sobre o fenômeno migratório – ainda atual e tornado ainda mais urgente pela guerra na Ucrânia – com passagens bíblicas dos Profetas e do Evangelho. A visão subjacente é escatológica, o Reino de Deus, a “Nova Jerusalém”, a morada de Deus e o objetivo da humanidade; o olhar é sobre a atualidade, as “tribulações dos últimos tempos” que nos chamam a renovar o nosso compromisso para construir “um mundo onde todos possam viver em paz e dignidade”.