Em sua primeira aparição, em 9 de dezembro, a Virgem de Guadalupe disse a Juan Diego: “Desejo que seja erguido um templo aqui, para mostrar e dar todo o meu amor, compaixão, ajuda, defesa, pois sou uma Mãe piedosa, para você e para todos os habitantes desta terra…” (Nican Mopohua)
Naquele momento histórico, o México ainda não existia como uma nação, ele era colonizado pelos espanhóis. Os primeiros missionários, apesar das incansáveis tentativas, não conseguiram acender o fogo do Evangelho nos corações dos nativos, que continuaram a se apegar aos seus deuses. Mas, quando a Mãe de Deus apareceu e deixou sua imagem impressa no ayate (uma espécie de avental-poncho), começaram as conversões e a fé em Jesus Cristo, numa uma taxa surpreendente: em menos de 20 anos, 9 milhões de habitantes já haviam abraçado o cristianismo.
Frei Martín de Valencia, em suas memórias, conta como, em 1532, já eram os próprios nativos que vinham em grande número, para pedir o batismo, porque queriam se tornar cristãos. Em 25 de maio de 1754, o Papa Bento XIV nomeou a Virgem de Guadalupe como Padroeira da “Nova Espanha” e, então, pronunciou em latim essas palavras do Salmo 147: Non fecit taliter omni nationi. Isso significa: “Com nenhum outro povo agiu assim”. Em 24 de agosto de 1910, o Papa Pio X declarou Nossa Senhora de Guadalupe “Padroeira da América Latina”.
Que paralelos há entre Guadalupe e Schoenstatt?
No livro Mopohua Nican, de Antonio Valeriano, que descreve como, milagrosamente, a Virgem Santa Maria, perfeita Mãe de Deus, apareceu. Nossa Rainha, de volta ao Tepeyac, que mais tarde passou a ser chamado de Guadalupe, pede a Juan Diego para informar ao Bispo:
“Eu desejo muito que aqui eu seja construida uma casa, meu templo seria erguido na planície”.
Como continua no Nican Mopohua, Maria diz: “Darei ao povo todo o meu amor pessoal, o meu olhar compassivo, a minha ajuda, a minha salvação. Pois, realmente sou sua Mãe Compassiva… De lá (do Santuário) ouvirei seu choro, sua tristeza, e curarei todas as suas tristezas, suas misérias, suas dores.”
Em Schoenstatt, Maria se manifesta como nossa Mãe, mas também como nossa Educadora. Ela está sempre em nosso Santuário. Como uma boa Mãe, ela quer ajudar para que nós seus filhos sejamos cada vez melhores e, com sua ajuda, nos transformemos internamente.
Juan Diego vai ao Bispo, seguindo as palavras de sua Rainha Celestial, que lhe diz: “A partir dai, merecerás que eu retribua o teu cansaço, o teu serviço, com que vais solicitar o tema para o qual te envio. Você já ouviu minha palavra, meu filho mais novo, meu sopro. Vamos lá! Faça o que a sua parte!” (Nican Mopohua). Assim também em Schoenstatt, Maria nos envia, confia em nós e só nos pede para fazer a nossa parte. Ela está sempre ao nosso lado, fazendo a sua parte.
Ela diz, segundo Nican Mopohu, “Eu pessoalmente, a sempre Virgem Santa Maria, que sou a Mãe de Deus, ordeno-lhe.” Em Aliança de Amor com ela, nós a reconhecemos como Mãe e conhecemos seus amados filhos.
Quando se visita a Basílica de Guadalupe, na Cidade do México, lê-se as palavras: “Não estou aqui por ser sua Mãe?” Nós não somos órfãos.
Mãe, agradecemos por nos ter escolhido! Forma-nos, segundo a tua imagem. Sim, transforma-nos, para sermos cada vez mais como tu.