De 23 a 25 de fevereiro de 2024, 28 membros dos seis Institutos de Schoenstatt se reuniram para um encontro no Monte Moriá, em Schoenstatt, Alemanha. A conferência deste ano dá sequência a uma série de encontros inspiradores, familiares e ricos em conteúdo e foi dedicada, pela segunda vez, ao Conselho Evangélico da Pobreza. As várias facetas do espírito de pobreza, que caracteriza especificamente o estado de vida e a missão das respectivas comunidades, trazem à luz, como em um mosaico, o que o fundador de Schoenstatt quer dizer com “pobreza mariana-apostólica”.
“É melhor viajar com a bagagem leve”
Na primeira manhã de encontro, o grupo foi ampliado devido à possibilidade de participação online. Desse modo, outros membros dos Institutos tiveram a oportunidade de tomar parte nas palestras e discussões.
O Pe. Jakob Busch, do Instituto dos Padres de Schoenstatt, introduziu o tema aos participantes em uma contribuição online, retomando a tendência atual ao minimalismo e ligando-a à compreensão da pobreza do Pe. Kentenich. O fundador de Schoenstatt não se preocupava com a renúncia absoluta aos bens terrenos, mas com o apego correto às coisas, o que poderia significar tanto o prazer quanto a renúncia. “É melhor viajar com a bagagem leve”, diz uma canção da banda Silbermond, e, de acordo com Busch, “menos é mais – se isso tiver valor para nós.”
A pobreza como uma oportunidade para receber de Deus
Em sua palestra, o Irmão de Maria Harald M. Knes retomou o lema da conferência. O título é provocativo: Como a pobreza pode ser uma oportunidade quando é sentida como uma ameaça e insegurança? “Sentimos a pobreza não apenas nas dificuldades materiais e econômicas, mas também na nossa falta de força e tempo, habilidades e vocações para nossas comunidades centrais.”
E é aí que a pobreza se mostra como uma oportunidade para receber de Deus: Deus precisa de “vasos vazios”, como disse o fundador, que estejam abertos a ele e nos quais ele possa derramar sua bondade. O exemplo da vida do Pe. Kentenich deixa claro “que não podemos nos proteger completamente na terra, mas que nossa segurança final está em Deus”. Essa segurança é a liberdade de uma criança que sabe que é amparada por seu Pai celestial.
O Dr. Peter Wolf, membro do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt, trouxe em sua palestra mais detalhes sobre a atitude de pobreza do Pe. Kentenich: sua segurança na vontade de Deus, sua indiferença às coisas do mundo e sua dedicação ao trabalho permitiram que o Pe. Kentenich desenvolvesse uma fecundidade surpreendente sob as condições do campo de concentração de Dachau.
Insights sobre as formas de pobreza na vida prática
As percepções sobre as formas de pobreza praticadas pelas várias comunidades também foram muito enriquecedoras para todos os participantes. Seguir Cristo no espírito de pobreza se mostra diferente tanto para um casal com filhos, como para um padre diocesano e também para uma Irmã de Maria.
Os membros dos Institutos de Schoenstatt vivem uma pobreza mariana-apostólica: “Deus nos deu dons para que sigamos doando-os. Como Conselho Evangélico, a pobreza é uma forma de vivermos nosso vínculo com Deus e torná-lo frutífero”, disseram os participantes.
Exemplos de membros dos Institutos que vivem na Romênia, no Peru e no Chile ampliaram nossa visão da pobreza existencial das pessoas e de nossa missão como institutos seculares de tornar o amor de Deus tangível, mesmo e especialmente na miséria dos mais pobres, e de encontrar e servir a Deus nos pobres.
A comunidade é uma riqueza
Os encontros dos Institutos servem não apenas para formação em conjunto, mas também para nos sentirmos como uma família e nos fortalecermos mutuamente na missão comum. De acordo com um participante, essa experiência sempre gera uma nova alegria em sua própria vocação e apreço pelas outras comunidades. Também houve conversas animadas e muitas risadas durante as refeições e os encontros à noite. E todos os participantes concordaram: “Nossa comunidade entre nós e com nosso Pai e Fundador é um verdadeiro tesouro!”
Fonte: schoenstatt.de