Gostaria de propor aos educadores que acrescentem um novo conteúdo ao seu ensino: a fraternidade.
A educação é um ato de amor que ilumina o caminho para que recuperemos o entendimento da fraternidade, para que não ignoremos os mais vulneráveis.
O educador é uma testemunha que não oferece os seus conhecimentos mentais, mas as suas convicções, o seu compromisso com a vida.
É alguém que sabe manusear bem três linguagens: a da cabeça, a do coração e a das mãos, em harmonia. E daí a alegria de comunicar.
E eles serão ouvidos com muito mais atenção e serão criadores de comunidade.
Por quê? Porque estão semeando este testemunho.
Rezemos para que os educadores sejam testemunhas credíveis, ensinando a fraternidade em vez da competição e ajudando especialmente os jovens mais vulneráveis.
Educar com fraternidade: o ingrediente extra que Francisco pede aos educadores em seu primeiro Vídeo do Papa de 2023
No primeiro Vídeo do Papa de 2023, Francisco – como ele mesmo reiterou várias vezes em seu pontificado – enfatiza a importância dos educadores.
O Santo Padre pede que se acrescente um novo conteúdo ao ensino: a fraternidade, um ingrediente chave na busca de um mundo próximo aos mais vulneráveis.
Francisco quer que os educadores sejam testemunhas confiáveis, e que vejam a fraternidade como a melhor maneira de ajudar os mais necessitados.
(Cidade do Vaticano, 10 janeiro 2023) – O Vídeo do Papa acaba inicia seu oitavo ano consecutivo de publicação da intenção de oração que o Santo Padre confia à Igreja Católica através da Rede Mundial de Oração do Papa. Para inaugurar 2023, Francisco escolheu lançar uma mensagem aos educadores com uma proposta singular: “acrescentar um novo conteúdo ao seu ensino: a fraternidade“.
Cabeça, coração e mãos: testemunhas da fraternidade
Neste Vídeo do Papa, Francisco quer ampliar o âmbito da atividade educativa, para que a educação não se concentre apenas no conteúdo. Para o Papa, o educador é uma testemunha de fraternidade que não entrega apenas “seus conhecimentos mentais, mas as suas convicções, o seu compromisso com a vida”. Desta forma, os educadores podem ser “escutados com muito mais atenção e serão criadores de comunidade”. O Santo Padre também disse no ano passado, em conversa com uma delegação do ‘Global Researchers Advancing Catholic Education Project’, que “educar é correr riscos na tensão entre cabeça, coração e mãos: em harmonia, a ponto de pensar o que sinto e faço; sentir o que penso e faço; fazer o que sinto e penso. É uma harmonia”.
Uma escola, um campo de futebol, um professor
O Vídeo de janeiro do Papa – que começa com a palavra fraternidade, escrita em uma lousa como se fosse um tema didático – acompanha a reflexão de Francisco com a narração de uma história ambientada em uma escola. Um menino, deixado de lado por seus colegas durante as partidas de futebol, permanece sozinho em um canto até que um professor, percebendo seu desconforto, decide cuidar dele. Ele o faz não com palavras, mas com o testemunho de sua vida: ele fica com ele, dia após dia, e com carinho e perseverança ele o ensina a brincar. Até que, numa manhã, ele o encontra com aqueles mesmos colegas que antes o haviam marginalizado: ele está brincando com eles e, quando marca seu primeiro gol, ele o dedica precisamente ao professor, a testemunha confiável que o ajudou.
Não esquecer os mais vulneráveis
O pe. Frédéric Fornos, S.J., Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, comentou sobre esta primeira intenção de oração de 2023: “Novamente, diante dos desafios do mundo, o Papa Francisco insiste mais uma vez na fraternidade. É a bússola de sua encíclica Fratelli Tutti. É o único caminho para a humanidade, e é por isso que a educação é essencial. O Papa sonha com educadores “que sejam testemunhas credíveis”, que podem ensinar a fraternidade ao invés do confronto. Quando olhamos para Jesus, aprendemos que você só comunica e transmite aos outros o que você vive. Isto exige coerência de vida entre o que se diz e o que se faz. É uma graça, por isso ele nos convida a rezar para recebê-la”.