É aqui que Jesus se move

Ir. M. Monika März – Alemanha

Primeiras experiências na Pastoral Urbana

“Então, esta foi a primeira vez, na minha vida, que eu falei com uma Irmã!”
diz uma funcionária da Welthungerhilfe – Organização para a Ajuda Mundial contra a fome –  que está presente, por uma semana, com sua stand, na zona de pedestres, na cidade de Kempten, Alemanha.

Nova residência:  Moro na montanha, no Santuário de Schoenstatt em Memhölz, e posso “missionar”, uma ou duas vezes por semana, na região urbana da cidade. Muitos me reconhecem como Irmã ou ao menos como uma pessoa consagrada, outros me cumprimentam atenciosamente com a saudação alemã: “Grüss Gott”, isto é, Deus te saúda!” Mas, há também os que olham para o outro lado, ignoram e seguem adiante. No entanto, tenho certeza de que todos que me encontram na cidade, de repente, se lembram de Deus e é isso que importa.

Pastoral Urbana pode parecer que não seja nada de novo,

–  mas para nós, Irmãs de Maria na Alemanha essa Pastoral tem cada dia algo diferente.

É aqui que Jesus se move
É aqui que Jesus se move

Nas primeiras experiências, no final de abril, planejei minha estratégia inicial para o trabalho pastoral, nesta cidade de 70.000 habitantes, com 2 km de zona de pedestres:

  • Lá encontro o local oficial de encontro com a Equipe da Pastoral Urbana,
    Visito o conselho da Cáritas, que atualmente está bem sobrecarregado,
    Encontro a Basílica e depois a igreja protestante,
    O serviço da “Igreja para todos”, num edifício residencial,
    Mais adiante, me deparo com um painel bem original: “Algo novo está se mudando para cá!” Ali, no primeiro andar, encontro jovens simpáticos e ativos que estão reformando uma sala, para fazer ali seu local para a adoração e outras iniciativas.

Pastoral Urbana – como funciona o “Vem para a Igreja”?

É aqui que Jesus se move

Exemplo 1

Muitas pessoas tomam sol, na praça em frente à Igreja protestante. Eu olho em volta e observo duas vitrines. Uma jovem, sentada na frente delas, abre espaço para mim e, imediatamente, se inicia uma conversa, a princípio um tanto trivial. Ela pergunta se eu li o versículo (da Bíblia) na entrada da Igreja e respondo: “Sim!” Ela continua: “A senhora também é cristã? O que pensa sobre as parábolas da Bíblia?” Eu reajo positivamente, cito algumas parábolas. Mas, ela prefere o livro do Apocalipse e fala das profecias, que o reino de Deus está chegando e já está presente entre nós. Ela diz que se encontra algumas vezes com um grupo, cujo líder é um escolhido por Deus, porque só por si mesmo não teria tal capacidade.

Quando eu explico a ela que faço parte da Pastoral Urbana e o que quero é simplesmente tornar Deus presente na sociedade, ela diz: “Sim, a Bíblia diz que nós também somos templos de Deus e assim, podemos colocar as pessoas em contato com Ele.” Ela pede meu número de telefone e eu lhe dou o meu contato.

Exemplo 2

Há muita coisa acontecendo por aqui no Dia da Mobilidade. Vejo o suporte de madeira, para bicicletas, que é algo bem interessante. Assim, começo a conversa com uma senhora, que está ali parada. Ela diz que o fabricante desse suporte é uma pessoa muito criativa. Com essa motivação, dirijo o assunto para uma conversa sobre carismas, talentos etc. A senhora X. me conta sobre sua família, seu filho e filha e que ela nunca forçou seus filhos a fazer alguma coisa, eles sempre puderam escolher, conforme seus talentos. “E qual é o seu talento?” pergunto-lhe. No momento, ela está um tanto ocupada, mas disse que vai pensar sobre isso. Mais tarde, ela me diz que considera importante a sua sensibilidade, porque isso lhe permite ajudar sua família e outras pessoas.

Exemplo 3

Quando estava na praça da prefeitura, observei algumas pessoas sentadas na escadaria. De repente, uma delas acena para mim e um senhor me diz que tinham terminado o expediente de trabalho – era sábado, por volta das 15h30min. Depois de uma boa conversa com eles, digo que preciso voltar para casa, que não conheço bem os caminhos e estou muito feliz que existe o GPS. “Qual é o navegador do seu GPS? É o Jesus? Pois, Ele é o Salvador!”, pergunta um deles. “Oh, sim, é verdade,” respondi e ele continua: “Tenho certeza, que você está muito perto dEle, Mas, eu acho que não estou!” Respondo: “Sim, eu estou perto. Mas, você não tem que ser bom ou perfeito, isso não é o que conta!

É uma experiência linda

vivenciar que, a partir do Santuário, Maria vai comigo pela cidade, ou que ela pode atuar também a partir do Santuário-coração.

Não raro, nosso broche da MTA também é uma ponte para isso. Alguns o percebem e o reconhecem, pelo menos, como um sinal religioso.

Neste apostolado, sempre de novo e mais do que antes, vem aos meus lábios determinados trechos de nossas orações diárias:

“Vivemos no meio do mundo e temos de adaptar-nos a muitas exigências. 

Que ele note a minha influência ou atuação.”  (Rumo ao Céu).

 

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