O Papa Francisco começa sua mensagem de vídeo com uma história. Ele recorda o testemunho e a dor de um homem muçulmano que conheceu no campo de refugiados na ilha grega de Lesbos. Dessa forma, mostra como o martírio é uma realidade atual. “Uma pessoa sábia me dizia que há mais mártires hoje do que no início do cristianismo", acrescenta o Papa, sublinhando como é atual o tema dos cristãos perseguidos e que dão a vida pela sua fé. A vida das pessoas que se entregam como testemunhas de Cristo são histórias reais. A mensagem de vídeo do mês de março, tem o apoio da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), uma organização caritativa católica internacional e fundação pontifícia cuja missão é ajudar os fiéis, onde quer que estejam sendo perseguidos, oprimidos ou em situação da carência, através da informação, oração e ação.

Dados impactantes

Apenas em 2023, chegaram à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denúncias em 40 países de pessoas assassinadas ou sequestradas por causa da sua fé. A Nigéria tornou-se o país com o maior número de assassinatos; no Paquistão, na Diocese de Faisalabad, as igrejas e as casas dos cristãos de Jaranwala foram atacadas; e em Burkina Faso, os católicos de Débé foram expulsos de sua aldeia apenas por causa da sua fé. Isto para mencionar alguns exemplos. Neste contexto, a presidente executiva da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, Regina Lynch, afirma: “A liberdade religiosa, reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos, é um direito inalienável e nenhum cristão deve perder a vida por a exercer. É fundamental garantir o direito de praticar a sua fé como parte da dignidade de todos os seres humanos”. Nesse sentido, ela diz que a intenção de oração deste mês é “muito importante para encorajar a oração pelas vítimas de perseguição, bem como para defender aqueles que sofrem discriminação por causa da sua fé. Para além disso, temos de envolver os políticos na defesa dos direitos dos mais vulneráveis”. O Papa finalizou sua mensagem dizendo: “A coragem dos mártires, o testemunho dos mártires, é uma bênção para todos. Rezemos para que aqueles que em várias partes do mundo arriscam a vida pelo Evangelho contagiem a Igreja com a sua coragem e o seu impulso missionário. E abertos à graça do martírio”. Fonte: vaticannews.va/pt