Realizar um encontro nacional em um país com dimensões continentais não é uma tarefa simples. No caso do Brasil, que possui mais de 8 milhões de km², os desafios exigem meses de planejamento. Mas, tudo vale a pena quando se tem em vista um grande objetivo. Foi assim que Neusa Castro Silva, de Anápolis/GO, enfrentou mais de 12 horas de viagem, atravessando diversas rodovias, para estar no Santuário de Atibaia/SP. “Vim com uma grande expectativa, mas o que vivemos aqui foi muito maior do que esperávamos”, conta a coordenadora.
Assim como a Sra. Neusa, cerca de 400 pessoas, de 20 estados do país, estiveram reunidas para o Encontro Nacional de Coordenadores da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt. De norte a sul do país, todos eles continuam a missão do Servo de Deus Diác. João Luiz Pozzobon, levando a imagem da Mãe e Rainha às famílias.
O encontro aconteceu de 7 a 10 de setembro de 2023, sob o lema: “Com a Mãe Peregrina, missionários da esperança”. Estavam presentes coordenadores de 92 dioceses, também assessores e sacerdotes diocesanos. Este é o segundo encontro realizado a nível nacional pela Campanha e, até o momento, o maior em termos numéricos.
Por que realizar um encontro nacional?
O grande intuito do evento é preparar o jubileu da Campanha, que será em 2025. Para isso, um caminho sinodal foi traçado e milhares de missionários foram ouvidos. Isso é o que salienta o Diretor Nacional do Movimento, Pe. Antonio Bracht, na abertura do encontro: “Queremos ouvir uns aos outros, queremos falar, dialogar. Quem ‘vai de sínodo’, vai mais longe. E nós queremos ir longe, todos juntos. Juntos na nossa diversidade. Tudo isso marca nossa caminhada. O que une a todos nós é um gigantesco amor à Mãe e Rainha”, afirma.
A Campanha, no Brasil, está dividida em dois Secretariados Centrais, que trabalham em sintonia, mas de forma autônoma. A Ir. M. Márcia Silva, coordenadora do Secretariado de Atibaia, diz que “é uma alegria receber o Brasil-Tabor, tão amplamente representado”. Ela deseja “que este encontro seja uma hora de graças, de renovação e novo ardor”.
A Ir. M. Rosequiel Lopes Favero, coordenadora do Secretariado de Santa Maria/RS, cita as dificuldades que muitos enfrentaram para chegar ao encontro, devido a um tufão que devastou cidades da região sul do Brasil. Ela diz: “Precisamos juntos olhar para o tempo atual e ver como João Pozzobon faria a Campanha acontecer em nosso tempo”
Intercâmbio de culturas e de experiências
O segundo dia de evento inicia com a Santa Missa, presidida por Dom João Inácio Muller, arcebispo de Campinas/SP. Entre outras coisas, ele diz que cada um de nós tem uma missão pessoal, assim como Maria. “Ela [Maria] é peregrina e pensa somente em sua missão. Quem tem Jesus dentro de si é missionário… Jesus precisa aparecer em nós”, fala o bispo.
A parte da manhã também contou com a palestra da Ir. M. Claudete Rauen, sobre o tema: “Instrumentos de Renovação”. Ela faz uma análise da situação atual da CMPS e a mudança dos tempos. Também convida a encontrar novas formas para realizar a missão e atrair a juventude. Por fim, deixa algumas perguntas para serem trabalhadas em grupo.
Lucimar Marques, de São Gonçalo/RJ, comenta sobre a conversa em grupo: “Foi muito interessante trabalhar com pessoas de diferentes estados; a gente vê o exemplo de um e de outro lugar, e leva esses exemplos para a nossa missão”.
Serviço, iniciativa e missionariedade
No dia 9, o Pe. Gustavo Hanna Crespo falou sobre: “Como João Pozzobon nos ajuda a renovar a Campanha?” Ele destaca três características de João Pozzobon: Serviço, Iniciativa e Missionariedade.
Como atual postulador da Causa de Beatificação de João Luiz Pozzobon, Pe. Gustavo termina apresentando a situação atual do Processo. Por fim, convida todos a rezarem por essa Causa. Mais trabalhos em grupo marcaram a parte da tarde.
Enviados como missionários da esperança
O último dia de Encontro contou com uma peregrinação ao Santuário, celebrando os 73 anos da Campanha. O ponto alto desse dia foi a Santa Missa de envio, presidida por Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes/SP.
Dom Pedro menciona o quão importante é a visita da Mãe Peregrina às famílias, “é a visita da Igreja que chega até elas”. Segundo o bispo, a Campanha possibilita ligar as realidades imperfeitas – os desafios do mundo – com a realidade perfeita do céu. É isso que a Campanha faz indo ao encontro daqueles que sofrem, como os enfermos, os presidiários e tantos outros que necessitam.
Os coordenadores, no final da celebração, coroaram suas imagens peregrinas. Ao mesmo tempo, Dom Pedro coroou a réplica da Peregrina Original. Em espírito festivo, de gratidão e emoção, todos são enviados para preparar o jubileu da Campanha.
Várias atividades foram propostas para o ano jubilar de 2025, especialmente um encontro internacional, que será realizado em Santa Maria/RS. Sobre esse evento, em breve divulgaremos outras informações.
Tecnologia fez parte da vivência à noite. Na imagem de drone, os coordenadores formaram uma “Peregrina viva”. Confira no vídeo: