Celebração dos 55 anos da morte do Pe. José Kentenich

Heinrich Brehm

Em 15 de setembro de 1968, nas primeiras horas da manhã de domingo, dia da “Festa das Sete Dores de Maria”, o Fundador da Família de Schoenstatt faleceu inesperadamente na sacristia, após celebrar sua primeira Santa Missa na Igreja da Santíssima Trindade, no Monte Schoenstatt, em Vallendar.

Para marcar a ocasião, o Secretariado Internacional Padre José Kentenich convidou a todos para uma celebração memorial, em 14 de setembro à noite, e para a Santa Missa, no dia 15 de setembro pela manhã.

“A filialidade – uma característica do Padre Kentenich”

No início da vivência, houve um impulso do Pe. Eduardo Aguirre, sob o tema: “Filialidade – uma característica do Pe. Kentenich”. O Pe. Aguirre é o postulador no Processo de Beatificação do Pe. Kentenich, que atualmente segue suspenso pelo Bispo de Trier, Dom Stephan Ackermann.

Pe. Eduardo Aguirre na vivência da noite, em 14 de setembro (Foto: Ir. M. Maritta Zell)

Pe. Aguirre destacou que Deus é chamado de Pai mais de 400 vezes no Novo Testamento e que Jesus sempre falou aos seus discípulos sobre Deus como Pai, que quer o melhor para as pessoas. Isso também revela a verdade sobre a natureza humana, ou seja, que somos filhos de Deus Pai. O Padre Kentenich sempre insistiu que “o objetivo da jornada de nossa vida e nosso amadurecimento na fé é nos tornarmos verdadeiramente filhos de Deus”, disse Pe. Aguirre. A questão decisiva é como os cristãos realmente crescem em um relacionamento de amor filial com Deus, o Pai. Essa era a perspectiva da espiritualidade vivida e da pedagogia praticada pelo Padre Kentenich.

Um coração paternal cheio de amor

A abordagem pedagógica do Pe. Kentenich começa com a experiência do amor em nível natural. Isso pode levar ao crescimento do amor em nível sobrenatural. O fundador de Schoenstatt queria oferecer essa abordagem, que havia experimentado e testado nas comunidades do Movimento, à Igreja de hoje como uma pedagogia de fé já aplicada. “É por isso que o Padre Kentenich deu tanta importância à família natural e cuidou especialmente de sua proteção e desenvolvimento em sua Obra de Schoenstatt”, continua o postulador.

O Pe. Aguirre concluiu seu impulso enfatizando que o próprio Pe. Kentenich tinha o coração de um filho, um coração filial que confiava absolutamente no amor de Maria, sua “mãe e educadora”, um coração profundamente unido e identificado com Cristo e, como Cristo, ele tentou ser um filho obediente de Deus Pai. “Ao mesmo tempo, ele tinha para seus seguidores o coração de um verdadeiro pai, um coração paternal cheio de amor, pronto para dar a vida pelos seus.”

A cruz, uma constante na vida do Pe. Kentenich

O Pe. Alexandre Awi Mello, Presidente da Presidência Geral da Obra Internacional de Schoenstatt, foi o presidente da celebração no dia 15 de setembro. Com ele no altar (a partir da esquerda) Dr. Christian Löhr, Reitor Geral do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt, Dr. Bernd Biberger, Diretor Geral das Irmãs de Maria de Schoenstatt, Pe. Eduardo Aguirre, Pe. Raffael Rieger, Superior Provincial da Província Europeia dos Padres de Schoenstatt, Pe. Ludiwg Güthlein, Diretor do Movimento de Schoenstatt na Alemanha (Foto: Ir. M. Maritta Zell).

O Padre Kentenich estava bem ciente de que a decisão de dedicar toda a sua vida ao Reino de Deus traria a cruz como uma constante em sua vida, disse o Pe. Eduardo Aguirre no dia seguinte, na homilia da Santa Missa. A celebração aconteceu no dia 15 de setembro, às 7 horas, a hora da morte do Padre Kentenich, na Igreja da Santíssima Trindade. O presidente da celebração foi o Pe. Alexandre Awi Mello, Presidente da Presidência Geral da Obra Internacional de Schoenstatt.

De fato – acrescenta o Pe. Aguirre – o Padre Kentenich teve que carregar cruzes pesadas repetidamente em sua vida. Apesar de tudo, ele sempre buscou apaixonadamente a vontade de Deus e estava preparado para carregar a cruz que lhe era imposta com fé inabalável e confiança filial.

Hoje, o Padre Kentenich é novamente confrontado com acusações sobre o período das visitações e do exílio. Mais uma vez, disse o postulador, a cruz está presente em sua pessoa e em sua fundação. “Acredito que todas as acusações e controvérsias que tivemos que enfrentar recentemente em relação à pessoa de nosso Fundador são uma grande oportunidade que a Divina Providência nos oferece para aprender mais sobre a vida do Pe. Kentenich, para conhecer seu pensamento mais profundamente, para penetrar com mais intensidade em seu carisma e para nos identificarmos mais decisivamente com sua missão”, concluiu o Pe. Aguirre.

Fonte: schoenstatt.de

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