Argentina: Primeiros passos para a abertura do Processo de Beatificação de Germán Orduna

Martín Orduna

Com alegria, queremos compartilhar que o Instituto dos Padres de Schoenstatt na Argentina apresentou o pedido de abertura do Processo de Beatificação de Germán Orduna (1926-1999) ao Arcebispo de Buenos Aires, Dom Jorge Ignacio García Cuerva, no início deste ano. Essa decisão veio depois de revisar a vida e o trabalho deste homem, que foi um leigo, pai de família e um acadêmico notável.

A Igreja dos tempos atuais destaca a santidade na vida cotidiana incorporada em leigos comprometidos. Neste caso, um membro da Obra de Famílias de Schoenstatt de Buenos Aires.

Um presente de Schoenstatt para a Igreja

Há duas razões decisivas para levar adiante esta Causa: (1) porque aspiramos a que seja um presente de Schoenstatt para a Igreja e (2) porque há muitas vozes – de áreas bem diferentes – que expressam fatos relacionados à vida de santidade de Germán Orduna. Um conjunto de testemunhos, que apontam claramente para sua fama de santidade, foi se gestando a partir de sua morte e segue crescendo ao longo do tempo.

Sua fama de santidade está centrada em seu amor a Jesus Sacramentado e à Virgem Maria, seu principal pilar na vida diária, e em seu empenho consciente e constante de viver coerentemente a fé cristã, como marido, pai exemplar e profissional dedicado ao ensino e à pesquisa, que se concentrou na Universidade de Buenos Aires (UBA) e no Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET). Em ambas as instituições, a filologia medieval espanhola foi o foco de seus estudos, por meio dos quais ele não perdia a oportunidade de transmitir seu testemunho de fé, bem como os valores incorporados na epopeia do Cid Campeador (saiba mais aqui).

Sua entrega sem reservas ao próximo, fossem colegas, alunos ou bolsistas, inspirada pela palavra oportuna à luz do Espírito Santo, muitas vezes marcou um antes e um depois na vida daqueles que o conheceram.

Quem foi Germán Orduna?

German Orduna nasceu em San Martín (Província de Buenos Aires) em 1926. Estudou na Escola Normal de Professores Mariano Acosta, onde começou a lecionar aos 17 anos de idade. Graduou-se como professor de Filosofia e Letras (UBA) e, em 1952, partiu para a cidade de Salamanca, onde se formou em Filologia Hispânica. Ele também estudou Romanística, na Alemanha, e depois voltou para a Argentina e se casou com Lilia Elda Ferrario em 1965.

Até sua partida, em 1999, foi professor de Literatura Medieval Espanhola na UBA e pesquisador no CONICET, onde fundou o Seminário de Edição e Crítica Textual (SECRIT). Em ambos os lugares, forjou um trabalho intenso durante décadas, formando jovens e desenvolvendo sua disciplina com uma grande paternidade e orientando o pensamento para a busca da verdade baseada na fé. Em 1992, foi nomeado acadêmico correspondente na Argentina da Real Academia Espanhola.

Teve uma intensa vida de oração e devoção à Virgem do Carmo e a Nossa Senhora de Schoenstatt, de cujo Movimento era membro desde 1980, e um profundo apego a Jesus Sacramentado, que, como Adorador, foi aprofundado na Basílica do Santíssimo Sacramento em Buenos Aires.

Sua vida, centrada na literatura medieval espanhola, levou-o a viver o cavalheirismo e a coragem cristã diante das adversidades, fortalecida pela fé e pela esperança em sua pátria terrena e celestial.

A frase com a qual ele se sentiu identificado durante toda a sua vida até o fim, seu ideal, diz:

“Onde quer que eu esteja, estarei adorando o Santíssimo Sacramento”.

Tradução: Karen Bueno

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