Apologia pro vita mea: Defender a verdade de uma Obra de Deus

Ir. M. Virginia Perera

Concluindo o ciclo formativo “Introdução ao IV Marco Histórico de Schoenstatt (1965-2025)”, a Casa do Pai, na Argentina, vai lançar, pela primeira vez em espanhol, o livro Apologia pro vita mea. A apresentação será no dia 3 de outubro, no início do Encontro de Reflexão sobre o Pai – leia mais sobre ele aqui. O texto de “Apologia pro vita mea” foi escrito pelo Pe. José Kentenich em 1960, em Milwaukee/EUA, como defesa de sua pessoa e de sua Obra diante das acusações que circulavam entre alguns membros da hierarquia alemã e romana.

O texto foi elaborado e editado pelo Grupo Internacional de Pesquisa convocado pela Presidência Internacional de Schoenstatt. Consiste em uma introdução, um importante aparato crítico, artigos que ajudam na compreensão da obra e documentos que esclarecem seu sentido e conteúdo.

O trabalho foi submetido à revisão crítica acadêmica de Fr. Jorge Scampini, O. P., Mestre em Teologia Sagrada e consultor do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

A pesquisa realizada até o momento é disponibilizada ao leitor, para que ele mesmo tenha a oportunidade de fazer seu próprio discernimento sobre a obra. O objetivo do estudo foi “ouvir o autor”.

À direita: Primeira página do livro original de Apologia pro vita mea, arquivo das Irmãs de Maria, Argentina

Um texto único

O texto apresenta uma grande dificuldade, pois não contém títulos nem subtítulos e, à primeira vista, pode parecer uma mera coleção de notas pessoais ou cartas que alguém, em algum momento, deveria organizar. No entanto, o documento possui uma linha argumentativa própria, evidente no Índice analítico que foi elaborado.

A carta-ensaio Apologia pro vita mea contém passagens com conotações psicológicas, filosóficas, teológicas e pedagógicas que, como uma paleta multicolorida, tecem não apenas a defesa do próprio autor, mas toda uma cosmovisão.

Em busca da verdade histórica

Ao longo da Apologia pro vita mea, o autor dirige-se ao seu interlocutor, o bispo de Tréveris, Dom Matthias Wehr, presumindo que ele conhece “o caso de pedagogia curativa” ou “o caso patológico” ou simplesmente “o nosso caso”, sem oferecer detalhes explícitos. A explicação detalhada da ajuda terapêutica que o Pe. José Kentenich ofereceu a uma Irmã de Maria constitui o núcleo da obra. Trata-se de uma ajuda que, na época, foi mal interpretada pelo Pe. Sebastián Tromp, S.J., o que deu origem a uma série de difamações e calúnias contra o Fundador de Schoenstatt. Diante delas, ele se defende procurando, em todos os momentos, expor a verdade histórica.

Sem a oportunidade de conhecer as suspeitas que pesavam sobre sua pessoa, nem de esclarecê-las, os rumores cresceram até se tornarem autênticas fábulas, segundo as próprias palavras do Padre José Kentenich. A Apologia pro vita mea está estruturada em torno de quatro acusações que o Fundador menciona, tal como foram divulgadas por seus detratores.

Esta carta é publicada pela primeira vez no ano de 1960, onde o Fundador de Schoenstatt tenta se defender após um pedido reiterado de julgamento que nunca existiu. A apresentação da Apologia pro vita mea será realizada na sexta-feira, 3 de outubro, às 20h. Acompanhe pelo YouTube, em @Schoenstatt Argentina.

*Imagem destacada é criada por IA e meramente ilustrativa

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