Algumas correntes atuais são o foco das cinco oficinas do Congresso Internacional de Pentecostes da Família Internacional de Schoenstatt. A meta é colocar a mão no pulso do tempo e escutar o que Deus nos fala, a fim de que as linhas comuns, que darão a direção ao trabalho nos próximos anos, sejam uma resposta à graça divina atuante na história:
Poder e Participação
Professor Dr. Mariano Pasquale Barbato, Alemanha
Começa com o esclarecimento que não há como classificar o conceito de poder, pois sua definição é muito diversa. O Prof. Mariano descreve os tipos clássicos de governo legítimo e também conduz a atenção para a Igreja: “O governo da Igreja atual está sob muita pressão para ser carismático. Muitos acham que o Papa deve ser o “ator do povo”, por assim dizer, ele deve ser carismático. Muitas mídias exigem uma estrela pop também quando se refere a bispos, os padres… Estes não são problemas exclusivos da Igreja, também ocorrem em outros governos e há muita influência de jogos de poder na atuação midiática.
Sobre a o exercício legítimo do poder, Prof. Mariano aponta para as diferenças entre as organizações do Estado e da Igreja: Embora a maioria dos Estados hoje afirmem que a legitimidade vem do povo, a posição da Igreja é: Deus é quem governa. Em ambos os casos, pode-se perguntar: É realmente assim? Nas democracias: Se “o povo” realmente governa, como teria que ser o processo eleitoral? E na Igreja: Deus realmente governa? Ou é a hierarquia? Então, ele detalha sobre o desafio entre uma Igreja hierárquica e uma sociedade democrática.
Ele apresenta um grande empolgamento pela sinodalidade, mas, apresenta também a diferença entre o que a Igreja com sede em Roma entende por processo sinodal e como isso é aplicado na Alemanha. Como cientista político, apresenta algumas reflexões críticas com quais cada um precisa se ocupar. Estes são apenas alguns dos aspectos da apresentação que abriu para uma discussão e troca de opiniões.
Ecologia e Mudança Ambiental Global
Pedro Weizenmann, Brasil/Roma
Pedro, que está encerrando seu tempo prático no Dicastério do Desenvolvimento Humano, no Vaticano, discorre sobre a ecologia e as mudanças ambientais globais. Ele apresenta como esse a Igreja tem se empenhado pelo cuidado da natureza, seguindo a orientação dada pelo Papa Francisco, pela Laudatio Si, e questiona: “Como nos educamos? Respondendo ao grito da terra, dos pobres, ao grito de necessidade… Assumindo um estilo de vida mais simples. Cultivando o organismo de avínculos em todos os níveis.
Educação/Conhecimento/Formação/Pedagogia
Laura Ramirez, Costa Rica
Por meio de um vídeo, a profissional da educação apesenta o tema e Dra. Gertrud Pollak, Alemanha, com experiência de atuação na educação universitária, contribui presencialmente, para uma animada discussão sobre o tema. O conteúdo de uma carta, de um diretor de escola desconhecido, inspira os presentes: O diretor se dirige aos pais, antes das provas de seus filhos, e lhes indica que o valor de seus filhos não estão nas notas que eles conseguem nos exames e que há projetos que são muito mais importantes na vida. “Diga a seu filho que as suas notas não são o mais importante. Diga que o ama e não o julgue. O importante na vida não é que alguém seja perfeito em todas as áreas, mas que realmente tenha uma paixão por aquilo que se realiza”.
Economia
Dr. Eduardo Jurado Béjar, Equador
O professor universitário, por meio de uma plataforma online, descreve o conjunto de fatores que promovem um desenvolvimento dramático: Um interesse político privado, um vácuo de liderança na esfera econômica, que não tem contribuído para o desenvolvimento em muitos países. Há a situação de uma geração jovem excluída do sistema, devido à falta de oportunidades educacionais e muito mais. “Chegamos ao ponto de virada”, disse o professor. Ele reflete sobre o sentimento das vítimas do sistema, que se manifesta em fúria e agressão cada vez maiores e no crescimento das correntes populistas. Sua sugestão: “As dificuldades que enfrentamos exigem liderança orgânica e ação política em nível global para evitar conseqüências piores e melhorar as perspectivas econômicas”. Ele atua como presidente da CIEES, uma associação de empresários e líderes de Schoenstatt, e apresenta: “O que importa: formar líderes para o serviço público, por meio da inspiração do Pe. Kentenich, a fim de responder os desafios políticos e econômicos”.
Espiritualidade
Frei Luiz Carlos Susin, Brasil
O franciscano e professor universitário Brasil, juntou-se a nós via zoom e falou sobre o desenvolvimento da espiritualidade, o surgimento de novos movimentos e espiritualidades. Refletiu sobre as mudanças e tendências de desenvolvimento no campo da espiritualidade: “Na sociedade individualizada, há um anseio por espiritualidade; ela fornece uma resposta à busca por segurança… Tudo traz crise: política, mercado, ecologia… as pessoas precisam de segurança.. Estamos diante de uma encruzilhada: a espiritualidade busca coisas novas e a procura lugares de encontro… A espiritualidade é frutuosa quando buscamos a unidade”.
Fotos: PressOffice Schönstatt, Brehm
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