O carisma de Schoenstatt para este tempo

Cada dia se acentua mais a atmosfera de Família entre os congressistas e o anseio de seguir unidos para o futuro, na realização da graça da missão que supera todas as nossas dificuldades e desafios.

Nesse quarto dia do Congresso de Pentecostes Padre Felix Geyer é o moderador e chama a juventude para apresentar seus anseios para os próximos anos. Eles são em número bem representativo e tem aqui muitas ocasiões para trocas de ideias e experiências. Então, a pedido dos outros congressistas, elaboraram suas propostas. Eles não querem estar no centro e nem fora, mas, seguir juntos com toda a Família e ajudar na transformação da sociedade, na força do carisma que Deus deu ao Pe. Kentenich e todos abraçamos como dom e missão.

O impulso da manhã está a cargo do Padre Alexandre Awi Mello, Secretário do Discatério para os leigos, a família e a vida. Ele inicia literalmente comovido e expressa seu orgulho pela juventude de Schoenstatt, que acabou de falar. Diz que admira muito a maturidade dessa juventude e seu compromisso com a missão de Schoenstatt.

Em seguida, apresenta sua reflexão sobre o carisma de Schoenstatt para este tempo. Relembra algumas reflexões já feitas sobre a definição desse carisma. Na essência todos sabemos qual é e há muitas formas de defini-lo e na sua opinião, não precisamos nos deter numa única formulação.

Todos queremos “a partir da experiência central da Aliança de Amor com Maria, no Santuário, construímos um organismo de vinculações com Deus, o próximo, conosco mesmos e com o mundo, que busca formar um homem novo e uma nova sociedade”. Os meios para isso são a nossa pedagogia e espiritualidade.

Para o Padre Alexandre, as perguntas fundamentais que precisamos responder aqui são:

Como podemos dar a nossa contribuição?

– Como ajudar, como Igreja, o mundo atual?

– Como contribuir naquilo que vemos como Igreja hoje?

Pede que fixemos a atenção ao fato de que queremos ajudar como Igreja e aprender na Igreja, pois “não existimos sem a Igreja. A base de tudo está no ‘dilexit ecclesiam’ bem entendido. Tudo o que somos e temos, tudo o que fazemos é porque somos Igreja, porque amamos nosso ser Igreja, porque amamos a Igreja.”

Pe. Alexandre diz que os últimos acontecimentos em torno ao Pai e Fundador nos estão obrigando a um confronto muito sério com nossos limites. “Mas, não podemos nos deter na tentação de “complexo de inferioridade”, de nos apequenar diante dos desafios que vivem na Igreja e na sociedade, como se não tivéssemos mais nada a dizer, como se tivéssemos que pedir perdão por existir e pedir permissão para falar… Nós temos uma mensagem carismática e profética para o mundo de hoje. A Igreja como um todo, da qual fazemos parte essencialmente, necessita do carisma de Schoenstatt.” Com humildade, aprendemos muito na Igreja e também contribuímos. Então, ele apresenta as

Dez necessidades da Igreja e como Schoenstatt pode colaborar.

– Na Igreja em saída, com opção pelos pobres, contribuamos com nossa natureza apostólica

– Na Igreja que pede humildade, simplicidade e transparência, contribuamos com a filiadade e a paternidade.

– Na Igreja misericordiosa, colaboramos com nosso ser mariano.

– Na Igreja que busca a espiritualidade, contribuímos com nossa espiritualidade mariana patrocêntrica.

– Na Igreja que valoriza os leigos e a participação da mulher, ajudamos com nosso ser laical e a nova sociedade.

– Nos desafios no mundo do trabalho e no cuidado pela ecologia, participamos com a santidade da vida diária.

– Nos desafios dos jovens e famílias, ajudamos com a pastoral juvenil e familiar.

– Na Igreja do diálogo e a necessidade de discernimento e acompanhamento, caminhamos com a fé prática na Divina Providência.

– Na necessidade de valorização da cultura popular, participamos com nosso aspecto popular.

– Numa Igreja em sinodalidade, em comunhão com as instâncias eclesiais e a reforma eclesial, nos empenhamos para viver em confederatividade, buscando caminhar unidos, respeitando nossas diferenças, com diálogo e compreensão.

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Uma Família sob a luz divina

Seguido a esse impulso, em grupos, os schoenstattianos refletiram quais são as ideias chaves que consideram importante para darmos ênfase em nossa atuação juntos. Em cada intervalo há cantos melodiosos ao Espírito Santo, entoados por todos ou por determinados países. Desse modo, sente-se o atuar da graça e aos poucos os painéis do auditório vão sendo preenchidos de muitos bilhetes coloridos, nos quais já se percebe uma linha comum nos anseios.

Vale lembrar que há uma Equipe de reflexão que, nos intervalos e a à noite, se reúnem para ir delineando as propostas para a elaboração das diretrizes comuns que nos orientem internacionalmente em nossas ações.

A tarde, os participantes se reuniram como países, para, em base a tudo o que foi refletido até agora, apresentar ideias que representam respostas às suas realidades. Depois, tudo foi apresentado e cada um que desejasse podia também dar a sua opinião.

“Hoje aprofundamos ainda mais nosso carisma para este tempo. Estamos chegando ao final do Congresso e afunilando nossas ideias e percepções conjuntas. Nos colocamos a caminho, juntos como igreja e aprendendo na igreja a sermos fiéis aos nossos ideais pensados por Deus”, resume Daniel e Elisandra Piccinin, da União de Famílias de Schoenstatt, no Brasil.

O dia termina com um passeio de barco em Família, num compartilhar da alegria e fortalecimento dos vínculos.

Fotos: PressOffice Schönstatt, Brehm

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