
Como foi, para o senhor, essa experiência de ser reitor do nosso Centro Internacional, que é o coração do Movimento?
Minha experiência foi muito boa. Estar ao lado do Santuário Original e ver o que vai ocorrendo ao redor dele é sempre muito forte, muito lindo. O que mais impressiona, sobretudo, é ver como o Santuário impacta a vida das pessoas. Por exemplo, a emoção daqueles que chegam pela primeira vez, de longe, de outros países, que sempre escutaram falar [do Santuário]; a forma com que chegam é muito emocionante, realmente o Santuário marca fortemente. Então, poder ver o que significa, de forma concreta, o Santuário Original na vida de tantas pessoas foi o mais importante para mim. Isso me marcou muito.
Ao longo desses anos há alguma experiência que o marcou mais? Qual e por quê?
Um momento forte, que aconteceu cerca de três anos e meio atrás – isso me recordo com especial dedicação e carinho – foi quando pudemos incluir o Santuário numa rede de Santuários que o Papa escolheu para rezar o Terço, a nível mundial. Junto a outros grandes Centros, estávamos também nós. Acredito que isso deu ao Santuário Original uma dimensão que talvez não estivesse tão presente antes, que ele é aberto para todos, um Santuário Internacional. Para mim marcou muito essa linda experiência, de quando víamos o Papa rezar e daqui [de Schoenstatt] rezávamos juntos, e nas imagens da televisão vaticana aparecia a nossa Mãe. E outra coisa que foi muito bonita nesse trabalho foi o contato com as pessoas que estão ao redor do Santuário, a equipe de sacristia, a equipe das Irmãs [de Maria] internacionais, que estão trabalhando junto ao Santuário, aos quais sou muito grato.
O senhor esteve à frente do Santuário Original justamente no período mais crítico da pandemia. Como foi atravessar essa etapa? O que representou esse período em sua missão?
Creio que a etapa da pandemia foi, sem dúvida, a mais importante nesses anos. E como Deus tira coisas boas de tudo o que ocorre, acredito que o Santuário Originou entrou mais ainda na casa dos schoenstattianos ao redor do mundo. Uma grande conquista é ele estar, hoje, rapidamente acessível na casa das pessoas, com a missa transmitida pela internet, todos os dias, em diferentes idiomas. Antes – penso eu – as pessoas tinham que vir para cá, agora o Santuário foi até as pessoas. E isso realmente é maravilhoso. Os ecos que recebemos sempre foram bárbaros, realmente foi uma belíssima experiência. Isso foi uma grande conquista e acredito que foi muito providencial como a Mãe chegou a todo o mundo a partir do Santuário Original.
Ao deixar essa tarefa, o que leva de mais especial para sua vida e missão?
Essa experiência, que realizei com enorme gosto, me fez crescer no amor ao Santuário, me fez crescer, sobretudo, em compreender a importância e a centralidade vital do Santuário para nós, e seguir crescendo nessa experiência. E, nesse sentido, acredito que há ainda muito trabalho a se fazer. Penso que o Pe. Ignacio [Camacho], como novo reitor, poderá talvez desenvolver coisas que não alcancei realizar. O Santuário segue se desenvolvendo e segue sempre como centro vital, a fonte de vida da Família de Schoenstatt de todo o mundo e – assim queremos – também para a Igreja. Esses anos me ensinaram que o Santuário é da Mãe e que ela realmente nos leva adiante, muito além dos nossos limites, apesar e com os nossos limites. Assim, acredito que foi uma experiência maravilhosa.
