Os bastidores de sua história: Da vazia rebeldia ao desejo de fazer a diferença no mundo (passando pela autoeducação e o amor à Maria)
Karen Bueno – Há batalhas na vida que valem a pena serem enfrentadas com determinação: contra a injustiça, o desrespeito, as desigualdades…
Uma batalha que vale a pena lutar
Max Brunner, assim como tantos outros, via nessas regras rígidas uma causa de luta. Max “foi um bom aluno durante o seu primeiro ano e meio, mas, quando o novo ano escolar começou na Nova Casa, em setembro de 1912, foi apanhado pela crise a favor da liberdade. Embora, nessa época, estivesse na terceira classe (tornando-o mais novo do que a maioria dos ‘rebeldes’), rapidamente se tornou um dos seus líderes, fazendo malandrices como acotovelar os outros nos corredores e começar com o ‘bocejar contagiante’ (bocejar para conseguir pôr a turma toda a bocejar também). As suas notas baixaram consideravelmente e a sua disposição, antes sorridente, tornou-se sombria e apagada. Começou a sentir dentro de si uma crescente luta pela sua identidade” [1].Chega um novo professor
O Pe. Kentenich compreendia bem os jovens e era “diferente dos outros professores”, como eles notaram – inclusive intercedeu pedindo o fim dos castigos físicos. Porém, apesar de concordar com a causa, Pe. Kentenich não apoiava os atos de rebeldia, pois prezava pelo respeito às autoridades. O que ele fez então? Vale a pena, a quem puder, aprofundar os métodos pedagógicos que o Pe. Kentenich utilizou nessa época. Em resumo, nas classes mais adiantadas ele estimulou a formação da Associação Missionária; já na turma de Max Brunner, tratou a revolução da juventude criando pequenos debates sobre os conflitos interiores e exteriores da vida de um jovem estudante e tentou despertar o interesse e a alegria do trabalho em grupo. Como conclusão, os rapazes da turma de Max tornaram-se os pioneiros e fundadores da Congregação Mariana Menor (que deu origem a Schoenstatt).Max, então, se torna um revolucionário sem causa
Ao contrário de seus companheiros, Max Brunner foi um dos grandes opositores da Congregação Mariana. Ele não concordava com a fundação e queria continuar lutando contra tudo e contra todos.