O MPK (Modelo Pedagógico Kentenichiano)como resposta para as necessidades de nosso tempo
Em 10 de outubro começou, em Madri, o tão esperado reencontro após a pandemia. Nsses dias aconteceram os “Laboratórios Pedagógicos”, que consistem em compartilhar experiências de concretização do nosso modelo MPK , assim como refletir sobre aspectos centrais de nosso carisma no contexto escolar. Nesse caso, trabalhamos em torno dos “marcos” na vida escolar. Como novidade, em meio a esse encontro, e pela iniciativa do Colégio Monte Tabor Schoenstatt, nos dias 14 e 15 de outubro se organizou um congresso educativo aberto ao público, sob o nome “Educação Orgânica, criando conexões”. Houve palestras, mesas redondas, workshops e mais espaços de enriquecimento mútuo com outras instituições e apresentações do MPK como resposta às necessidades de nosso tempo. O encerramento dessas jornadas aconteceu em Portugal, graças ao acolhimento do Colégio Santa Maria de Lisboa. Desde o Santuário de Fátima pudemos dar graças por tudo que foi compartilhado, a riqueza dos vínculos que unem as pessoas e instituições que formam a rede, o grande dom que é nossa pedagogia para o tempo de hoje, e a presença palpável da Mater e da Divina Providência em nossos colégios.Rede de Colégios Kentenichianos
Pela iniciativa dos Padres de Schoenstatt, em 2011, se cria a Fundação Pentecostes, cuja principal missão é zelar pela presença da pedagogia kentenichiana nos colégios de Schoenstatt. Em torno desse ideal, começa a se formar em 2012 esta rede de colégios, à qual, atualmente, pertencem 13 colégios do Chile, Equador, México, Portugal e Espanha. Os colégios que formam a Rede, quase em sua totalidade, nasceram com a vocação de aplicar a pedagogia do P. Kentenich em contextos distintos. De forma significativa todos eles alinham, apesar dessas diferenças, certos traços e práticas muito identitárias, que foram ponto de partida para a elaboração de um quadro comum de reunião. Durante estes anos foi sendo trabalhado de forma colaborativa, buscando esses elementos essenciais, investigando também a nível acadêmico sobre como a pedagogia schoenstattiana se aplica ou se pode aplicar no contexto escolar e como dialoga com as didáticas e teorias pedagógicas da atualidade.Tudo isso com o objetivo de definir o modelo pedagógico kentenichiano, que busca plasmar curricularmente os princípios pedagógicos do P. Kentenich, através de uma estrutura geral, que assegure os aspectos essenciais do pensamento e espiritualidade de Schoenstatt em cada um dos colégios da Rede.
Laboratórios pedagógicos

Congresso “Educação orgânica, criando conexões”

Por todos esses motivos, e atendendo ao ser apostólico do movimento, se propõe organizar um congresso educativo aberto a instituições educativas externas, colégios e universidades, com o objetivo de dar a conhecer o modelo e, ao mesmo tempo, criar vínculos e reflexões conjuntas com especialistas sobre aspectos importantes da nossa pedagogia.A palestra central “Pedagogia cinco estrelas, um modelo orgânico a serviço de algo novo”, apresentada pelo Padre Víctor Pérez, diretor da Fundação Pentecostes, foi intercalada com outras palestras sobre a paixão por educar, neuroeducação e o papel dos nosso professores. Esta última, apresentada por uma das pessoas mais influentes no setor educativo da atualidade, a pedagoga Carmen Pellicer. Ademais, foram desenvolvidas três mesas redondas sobre temas de especial interesse como a educação da autonomia e liberdade, o conceito de inovação, vinculado a esta frase do Pai “com a mão no pulso do tempo”, e a formação integral da pessoa, para além do âmbito escolar. Também foram oferecidos workshops sobre experiências concretas relacionadas com os âmbitos da pessoa, suas vinculações e sua relação com o mundo, “aulas vivas”, etc. Participaram profissionais de distintas instituições, além de diferentes membros da Rede: Fundação Botín, Arenales, Universidade Francisco de Vitoria, Universidade de Navarra, Fundação SM, Trilema, etc.
Cerca de 150 pessoas participaram: professores, equipes diretivas, representantes de algumas instituições e também alguns padres e pessoas do movimento que simplesmente queriam conhecer o modelo. Foi uma experiência de acolhimento e abertura com a qual esperamos haver deixado uma boa primeira base à comunidade educativa, para além dos limites de nossos colégios.
