“Se não tivesse conhecido o Pe. Kentenich, nunca teria me tornado sacerdote”

“Concede, ó meu Deus, que todos os espíritos se unam na verdade e todos os corações no amor”. Essa foi a oração que o Pe. Kentenich escolheu para a sua ordenação sacerdotal, recebida no dia 8 de julho de 1910, na capela da Misericórdia, em Limburgo/Alemanha. José Kentenich recebe, com sete coirmãos, a ordenação sacerdotal das mãos de Dom Henrique Vieter, bispo de Camarões.

Pe. Kentenich, um homem da Igreja

Durante toda a vida, considerou a ordenação sacerdotal com radicalismo, com total entrega ao serviço de Cristo e, assim, ao serviço da Igreja. Viveu para a Igreja!

A Igreja foi o seu grande amor. Por isso, na sua vida e atuação como sacerdote, deu a máxima importância não à vontade e à obra, mas à vontade e à obra de Deus, à obra da Igreja.

Podemos referir-nos a ele, como um ‘homem da Igreja’, pois o Pe. Kentenich não só esteve ao seu serviço, como também desempenhou uma missão especial que lhe foi confiada, a fundação das suas comunidades.

Esta foi a missão que deu à sua vida, um rumo de verdade e de amor, enriquecendo e reavivando a Igreja com novas comunidades!

Pe. Kentenich, um sacerdote profundamente ancorado em Deus e capaz de responder aos problemas do mundo atual

Pelo centenário de ordenação sacerdotal do Fundador de Schoenstatt, Ir. Maria da Graça Sales Henriques, escreve:

No decorrer do Ano Sacerdotal (2009-2010), o Papa Bento XVI evocou frequentes vezes figuras de grandes e santos sacerdotes, cuja vida testemunha de modo particular a presença e o atuar de Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.

Com seus muitos seguidores e devotos, nós acreditamos que a longa vida sacerdotal do Pe. José Kentenich e seu atuar ao serviço da Igreja foi, igualmente, um testemunho eloquente de que Cristo continua atuante e presente na história da Igreja, através dos instrumentos que escolhe e prepara para uma missão singular.

Muitos sacerdotes encontraram no Pe. Kentenich a encarnação do ideal a que aspiravam e o exemplo encorajador de uma total dedicação e fidelidade incondicional à Igreja.

Testemunho

 

Entre os muitos testemunhos que poderíamos citar, reproduzimos o do Pe. Clemente Maria Hernandez, da República Dominicana:

“Em fins de Agosto de 1964 cheguei a Milwaukee/EUA, a fim de conhecer o Pe. Kentenich e o Santuário da Mãe Três Vezes Admirável.

Antes de falar da minha experiência com o Pe. Kentenich, devo dizer algo sobre o meu encontro com o Santuário. Jamais poderei esquecer o impacto que senti me ao aproximar pela primeira vez dele. Senti que ali se ia operar em mim uma profunda transformação interior. Nessa época, eu ainda era subdiácono e confesso que não me sentia seguro para dar os últimos passos até ao sacerdócio.

As vivências que tive no Santuário foram, realmente, sublimes. É impossível expressar em palavras os momentos de Tabor que ali vivi. Desde então, o Santuário da Mãe tornou-se o meu lugar predileto.

Nessa mesma tarde da minha chegada a Milwaukee, quando as sombras da noite começavam a envolver lentamente a silhueta do Santuário, e Jesus Pagán passeava comigo na sua proximidade, ele viu que o Pe. Kentenich se aproximava e disse: ‘Clemente, ali vem ele para o Santuário, vamos saudá-lo’.

Corremos ao seu encontro. Quando cheguei à sua frente, ele fixou-me atentamente e estendeu-me a mão, com muito carinho. Eu beijei-a com respeito e veneração. Fez algumas perguntas sobre o meu país, às quais respondi brevemente.

Desde ver o Pe. Kentenich e de me aproximar dele, tive a impressão de me encontrar diante de um sacerdote extraordinário, de um sacerdote do qual transparecia a presença de Deus. Era como se uma voz interior me dissesse: Tira as sandálias dos teus pés, porque a terra que pisas é terra santa!

Santo é o Santuário, santo é este homem de quem Deus tomou posse através de Maria!

Depois deste primeiro encontro com ele ainda tive vários outros. O seu primeiro interesse foi o nosso seminário e a situação dos sacerdotes diocesanos na República Dominicana. Deu-me métodos concretos para, depois da minha ordenação, ajudar meus colegas e sacerdotes. (…)

Creio que, se não tivesse conhecido o Pe. Kentenich, nunca teria me tornado sacerdote. Foi o encontro providencial com ele que me levou a tomar a sério a minha vocação sacerdotal. Na sua pessoa encontrei o ideal do sacerdote a que sempre ansiara durante os meus anos de seminário: um homem profundamente ancorado em Deus, capaz de responder à problemática do mundo atual.

Desde 1964 a minha vinculação a ele permaneceu cálida, cordial, filial. Ele tornou-se a força e a inspiração do meu sacerdócio. O seu exemplo ensinou-me a amar a Igreja com toda a sua grandeza divina e com toda a sua fraqueza humana e a servi-la como a Esposa amada de Cristo”.

Esta vivência, como tantas outras, de muitos sacerdotes que conheceram o Pe. Kentenich ou agora experimentam a sua intercessão, permitem reconhecer a superabundância da graça com a qual Deus abençoou sua vida sacerdotal.

Leia também: https://schoenstatt.com/pt-pt/community/liga-dos-sacerdotes-de-schoenstatt/

Fonte: schoenstatt.pt
Fotos: schoenstatt.pt, archivo

 

 


Liga Feminina de Schoenstatt no Brasil completa 50 anos

Equipe de Comunicação – Lafs Brasil

Cinco décadas de muitas histórias, de desafios, de conquistas, de graças especiais da Mãe e Rainha. No dia 18 de julho de 2021, a Liga Apostólica Feminina de Schoenstatt (Lafs) celebrou os 50 anos de sua fundação no Brasil. Unidas virtualmente ou presencialmente, as liguistas contaram com uma programação especial para o final de semana. No sábado (17/7), integrantes de todo o país rezaram juntas a oração do terço. Já as regiões sul e nordeste promoveram um encontro jubilar, no qual renovaram a coroação da Mãe de Deus. No entanto em Londrina/PR, cidade onde o ramo deu seus primeiros passos, foi celebrada a missa jubilar.

Consciência de ser mais Maria em cada lugar onde eu estiver

Aguida Maria Lopes Magalhães, da região nordeste, conta: “A Lafs me trouxe uma consciência maior como mulher cristã. Essa consciência de ser mais Maria em cada lugar onde eu estiver, seja em casa, na família ou no trabalho. Fez-me viver e querer estar mais empenhada no meu autoconhecimento e na vontade de levar Maria aos outros”.

 

 

Com a Lafs aprendi a amar o Movimento

As celebrações aconteceram em cinco estados brasileiros. Magda Lúcia Caldeira Navarro, pertence à região sudeste do Brasil. Ela conta que “com a Lafs aprendi a amar o Movimento. Então, comecei a me introduzir no mundo maravilhoso do ideal de ser um Tabernáculo Vivo do Altíssimo. Não consigo imaginar minha vida sem meu total ‘sim’ ao Santuário. Eu vivo e morro pela Mãe de Deus e por sua Obra”.

No Santuário Tabor da Liberdade, Belo Horizonte, um grupo da Liga Feminina selou a Aliança de Amor durant

 

e a celebração jubilar. Carla Bianchetti faz parte deste grupo e comenta: “A partir de hoje somos uma única Família. Que possamos ser raios de luz e esperança para outras mulheres. Que sejamos fiéis à nossa Aliança”.

 

 

Começamos a Lafs no Brasil em cinco mulheres.

 

Natália Kist, da região sul, diz que este jubileu renovou seu amor e entusiasmo: “Sinto que dentro de cada ramo existe espaço para todo mundo, em todas as fases de nossas vidas. E é certo que podemos (e devemos) evoluir enquanto mulheres na sociedade, mas também como grupo. Mesmo com as dificuldades, é preciso entregar e confiar cegamente na Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt, esse sempre será o melhor e, para mim, único caminho certo”.

Ana Becker mora na cidade de Curitiba, Paraná, e pertence à geração fundadora da Liga Feminina no Brasil. Ela recorda: “Começamos a Lafs no Brasil em cinco mulheres. É uma grande alegria poder comemorar o Jubileu de Ouro hoje. Só gostaria de agradecer nossa Mãe Três Vezes Admirável por esta benção e por este jubileu. E desejo que muitos mais anos venham para as liguistas do Brasil”.


Desastre das cheias - As Irmãs de Maria de Schoenstatt estão próximas ao povo

Ir. M. Anrika Dold

Ir. M. Anrika Dold relata sobre suas vivências, em uma tarde, como voluntária

Quando chegamos, pelas 13h30min, imediatamente um jovem, com sua bicicleta, foi na nossa frente para indicar-nos o caminho. Um senhor nos ajudou a manobrar e nos ofereceu sua vaga no estacionamento. Ele é dono de uma padaria.

Tínhamos conosco vassouras, rodinhos e também baldes. As Irmãs que tinham vindo ontem, perceberam o quanto esses instrumentos eram necessários para podermos ajudar. E realmente –  em questão de meia hora os baldes desapareceram, mais tarde não havia mais nada das vassouras e só sobraram alguns rodos.

Quando chegamos na tenda, com nossos materiais, fomos apresentadas para R., coordenador do local.  Enquanto ele nos introduzia sobre o que esperavam de nós, começaram a chegar as doações em grandes e pequenas entregas, pacotes com alimentos, água, frutas, sapatos, roupas, conservas, toalhas de mãos, luvas descartáveis, louças … também a Telecom passou por lá e distribuiu celulares grátis e umas espécies de cartões de crédito.

Sobre o que se pode ou não aceitar como doação é por conta de R. e isso foi muito bom. R. era dono de uma floricultura, que já não existe (foi levada pela enchente) e ajudar aqui é bem melhor para ele do que ficar parado em casa. Isto ele faz, de manhã até tarde da noite, sem o mínimo de pausa.

A Mãe peregrina também estava junto conosco

– assim como lemos na passagem bíblica de Caná: “E a  Mãe de Jesus estava ali”. Quando chegamos, eu a coloquei, sem muitas palavras, simplesmente atrás, num cantinho da tenda, onde podíamos deixar nossos pertences. Depois, veio uma senhora com rosas e nos deu uma. Esta é para ti, pensei, e coloquei a flor junto da Mãe Peregrina: Uma rosa para Maria

♥  De modo geral, havia ali uma grande abertura e gratidão em relação a nossa presença. Podemos conversar com tantas pessoas, especialmente com as que haviam sido mais atingidas. Um jovem senhor, por exemplo, veio à tenda com sua esposa grávida e sua mãe, contou que ele havia chegado em casa, apenas 5 minutos antes de toda enchente começar. Assim, ele podia cuidar a tempo que sua mulher e ele subissem para o andar de cima e assim conseguiram se salvar – eles não podiam mais sair da casa, tão rápida foi a torrente de água que caiu e bloqueou todos os caminhos. Agora eles estão morando na casa dos seus sogros. Parecia, para mim, a imagem de José e Maria a procura de albergue e conversamos um pouco sobre isso. Como é bom que eles agora tem um lugar para ficar.

♥  Um casal idoso descansava um pouco, diante da tenda. Havia umas cadeiras e o senhor se sentou, na sombra. Contou que já passou por muitas dificuldades em sua vida. E quando relatou que aos sete anos perdeu os pais, as lágrimas rolaram. A mulher queria saber a que comunidade pertencemos, pois ela não conhecia as Irmãs de Maria de Schoenstatt. Eu lhe mostrei a imagem da MTA, num pequeno cartão e disse: “Esta é a nossa imagem de graças.” Eu também lhe falei que esta Mãe de Deus compreende todo o sofrimento e eu ela podia ficar com essa estampa. O senhor, respeitosamente, colocou a MTA em seu bolso e disse: “Em nosso porão ficou ainda o Crucifixo; tudo o mais a inundação levou. Vou ficar com esse santinho. Sabe, eu nunca consegui tirar dali o Crucifixo. Mesmo que eu não vá muito à Igreja, meu Pastor me ensinou que existe uma diferença: Existe Deus e Jesus – e depois, existe a Igreja. Esse Deus agora está conosco, por meio de todas as pessoas que nos estão ajudando.” Eu pude então lhes dizer: “Ele não nos deixa sozinhos!”

Nossa Senhora compreende todo sofrimento
♥  Um outro senhor, que entrou na nossa Tenda, quase não conseguia falar nada. Gaguejando, ele conta como está morando, depois desta inundação: Foi acolhido por sua filha com a família dela. Todos estão cuidando muito bem dele. Depois, nos conta o que tudo já superou em sua vida: sua esposa ficou doente e ele cuidou dela durante 40 anos, mesmo que muitos o aconselharam a se separar dela. Há cinco anos, ela faleceu. Correm lágrimas de seus olhos e ele também recebeu um santinho da MTA, que aceitou de boa vontade.

Uma senhora que está passando, conta que apenas hoje ficou sabendo que seus dois filhos adultos estão vivos. Ela não tinha conseguido mais ter contato com eles. Enquanto nos conta, seca as lágrimas. Ela também recebeu uma estampa da MTA e agradece muito.

O tempo passa voando e, à noite, eu estava realmente exausta. Fizemos ainda uma volta pela cidade e levamos pequenos presentes que as crianças da Escola Infantil tinham preparado: saquinhos de papel, pintados por elas, com pequenos brinquedos e doces para darmos para crianças.

 

E é como se já nos conhecêssemos há muito tempo….

♥   Nem bem havíamos andado 100 metros, vimos um grupo de jovens com algumas crianças. Paramos, conversamos com eles e demos estes saquinhos de presentes para as crianças. As duas jovens, disseram brincando: nós também somos crianças grandes! E assim, elas também ganharam os saquinhos de doces. Disseram que trabalham em uma padaria e o senhor jovem disse que neste ano havia assumido essa padaria de seu pai. Mas, agora está tudo danificado e a padaria se foi. “As senhoras gostariam de ver como está? Podem entrar!” Aceitamos convite e observamos tudo. É só destruição, apesar que já retiraram a lama mais grossa. Então, entra o pai dele, com sua esposa, e quando ele me vê, diz: “Nós já nos conhecemos!” Era aquele senhor gentil, que pela manhã, nos cedera sua vaga no estacionamento. Eles agora estão unidos, procuram não deixar cair o ânimo e se apoiam mutuamente e atuam junto. Era como se já nos conhecêssemos há muito tempo.

 

Eles estão simplesmente lá e fazem.

Sim, esta é a minha impressão, no meio dessas catástrofes há também muita esperança e se testemunha quanta prontidão em ajudar existe dentro das pessoas. Como no final de uma matéria da TV ZDF sobre essas enchentes:

“Talvez seja de fato assim que nos piores momentos aparece o melhor que há nas pessoas.”

Pelas 20 horas, nós regressamos… as imagens da destruição e do destino das pessoas “viajam” para casa conosco, mas também o reconhecimento:

É importante estarmos presentes, que a Igreja esteja lá. Onde a Igreja deveria estar, nesta hora,

senão bem junto das pessoas?

 

Fuente: Schoenstatt Sisters

 

 

Quelle: Schönstätter Marienschwestern


Congresso Eucarístico Internacional em Budapeste, Hungria

Dr. Péter und Orsi Török, Sr. Gertrud-Maria Erhard

 

 

O 52º Congresso Eucarístico Internacional ocorrerá em Budapeste Hungria, de 5 a 12 de setembro de 2021, sob o lema “Todas minhas fontes estão em ti” (Sal 87,7). Ele deveria ter sido celebrado em 2020, mas devido à pandemia foi postergado para este ano. O evento terá um valor especial, visto que contará com a presença do Papa Francisco no dia 12.

Durante dois anos, o Movimento de Schoenstatt tem se preparado para esse acontecimento, aprofundando-se no conhecimento do mistério da Eucaristia.

Com o enfoque do Padre Kentenich, buscamos a conexão entre as verdades teológicas e a vida cotidiana. Nossa conferência anual de Schoenstatt, em vista do mistério da Eucaristia e ao mesmo tempo do sacramento do matrimonio, formulou-se como lema do ano o “Um contigo”.

 

 

Um contigo


O amor pela Eucaristia e a adoração se converteram em uma verdadeira corrente em nosso Movimento, por ocasião da preparação do Congresso Eucarístico. Os jovens e as famílias se reúnem regularmente em horas de adoração. Em todos os encontros familiares que aconteceram no nosso centro de Schoenstatt de Óbudavár durante o ano e especialmente no verão, já havia se convertido em algo habitual que todos os que desejassem se retirassem no Santuário para adoração antes do café da manhã e antes do programa da tarde. Assim experimentamos a benção traduzida na presença dos jovens e dos casais rezando juntos ante o Santíssimo Sacramento.

 

 

O desenvolvimento como fonte de graça

Como contribuição do Movimento de Famílias de Schoenstatt húngaro ao Congresso Eucarístico e a Igreja em geral, vemos a necessidade de explorar, testemunhar, desenvolver na prática e transmitir a conexão entre o sacramento do matrimônio e o sacramento do altar. O impulso para desenvolver a profunda conexão entre ambos, como fonte de graça, nos foi dado pelo padre Tilmann Beller há muitos anos.

Cristo está presente não apenas no sacramento do altar, senão também no sacramento do Matrimônio. Fazemos uma genuflexão ante o Santíssimo, este gesto de fé nos aproxima de Deus, que se esconde no mistério do pão. Dado que Cristo também está presente no sacramento do matrimônio, o padre Beller em uma ocasião fez uma genuflexão perante um casal casado em uma reunião familiar. Até os dias atuais, a comoção e o entusiasmo por Cristo no sacramento do Matrimônio seguem vivos nestes casamentos.

 

Un nuevo camino matrimonial a la luz de la Eucaristía

Uma faísca se incendiou, se estende e dá forma as nossas vidas. Assim nasceu a ideia de desenvolver um caminho matrimonial à luz da Eucaristia. Nos inspiramos no pensamento orgânico do Padre Kentenich e nos escritos dos papas nas últimas décadas. Isso representado em 15 “estações”, com 15 painéis, pontos no quais o texto exposto ajuda a meditar sobre um aspecto especial na vida matrimonial.

Deus se entrega a nós no sacramento do Matrimônio e na Eucaristia. Cada estação desta viagem matrimonial retoma um aspecto dessa conexão. O Deus da vida, que nos criou como homem e mulher, quer que experimentemos o afeto e a ternura não apenas com o nosso intelecto, mas também com nossos outros sentidos. Podemos experimentar o fogo de Deus e a intimidade do amor no matrimônio e no mistério da Eucaristia. Assim como a Igreja assegura a presença de Jesus na Hóstia Sagrada, nós temos assegurada sua presença na igreja doméstica, no sacramento do Matrimônio. Isso inclui o amor e a fidelidade, a entrega da vida, o tempo em comum, o levar a cruz, o cuidado dos familiares enfermos e anciãos…como na Santa Missa, assim experimentamos a missa da vida: Sursum, corda, Credo, Adoratio, Communio, Confessio, Passio, Dominus vobiscum, Ite missa est.

Quinze painéis ilustram o novo caminho do matrimônio. Em Óbudavár, o Centro de Schoenstatt húngaro, já existe um segundo “caminho matrimonial”. Os painéis se encontram ao redor do Santuário, cada um deles é acompanhado por um banco virado em direção a capela de Schoenstatt, expressando o anseio de crescer no amor a Jesus no caminho do matrimônio.

 

 

 

A cruz missionária como símbolo do Congresso Eucarístico

O símbolo central do Congresso Eucarístico de Budapeste é uma cruz de bronze de mais de três metros de altura que contém as relíquias de 16 santos do centro europeu. A chamada Cruz Missionária está há dois anos peregrinando pela Hungria pela causa da renovação cristã. Esta cruz foi confeccionada em 2007 pelo ourives Csaba Ozxvári, membro da Federação de Famílias de Schoenstatt da Hungria, que morreu inesperadamente em 2009, depois de uma missa solene em Óbudavár. Csaba havia ofertado sua vida pela renovação espiritual da Hungria na missa anterior a sua morte.

Em 4 de julho de 2021 ergueu-se uma réplica dessa cruz em Óbudavár. A cruz expressa para nós que queremos estar em união com Jesus, com a Igreja e com nosso cônjuge, e isso significa levar a cruz frequentemente. A cruz missionária é um convite constante ao trabalho apostólico e a renovação na Eucaristia, pois “ Todas minhas fontes estão em ti”.

Também é possível ler:

Família – revitalizá-la como um claro instrumento de evangelização

 

 

 


Igreja na Costa Rica ganha vitral da Mãe de Deus

Schoenstatt Costa Rica está se organizando para cobrir o custo do vitral.

A notícia da construção de uma grande igreja mariana é causa de alegria para  a Família de Schoenstatt em Costa Rica. E mais ainda porque um dos vitrais foi planejado para ter a imagem da Mãe de Schoenstatt.

Isto motivou a Família de Schoenstatt da Zona Leste a organizar uma campanha com o desejo de poder doar, cobrindo o custo do vitral, o que foi um sucesso. O responsável por este grande trabalho é o engenheiro Juan Carlos Baeza, membro da Família da Zona Leste.

 

Igreja com estilo octogonal que representa a nova criação

A Mãe de Schoenstatt está na nova igreja da Paróquia da Imaculada Conceição, localizada em União de Cartago, Costa Rica. E a 15 minutos de San José, a capital nacional, e mais ou menos 40 minutos do Santuário de Schoenstatt.

A imagem faz parte de um grupo de dezesseis invocações em honra da Mãe de Deus. Obra que são representadas por diferentes ícones originais criados pela artista costa-riquenha Paula en el Bosque. Cada ícone está localizado em uma janela com mais de seis metros de altura. Juntos eles formam o ambiente arquitetônico do templo, que foi projetado pelo arquiteto Paul Barboza Agüero. Tem estilo octogonal que representa a nova criação, onde os cristãos podem se encontrar ao redor do altar em assembléia.

Juan Carlos Baeza, sente-se honrado por ser o diretor do grande projeto.  Por encargo do Pároco, Pe. Denis Féliz De La Cruz, recebeu o chamado para construir uma nova igreja para a comunidade de Concepción de la Unión. Dado o crescimento da população, se fez necessário ter um espaço maior para a celebração da Eucaristia.

Devido a suas características, este  santuário mariano  aproximará o povo, de Jesus e da Santíssima Virgem Maria.  Ela que é a nova Arca da Aliança. Ela carrega a lei cumprida, Jesus Cristo, que é amor.

 

Por sus características, este será un santuario mariano, que va permitir acercar al pueblo a Jesús y a la Santísima Virgen María, quien es la nueva Arca de la Alianza. Ella lleva la ley cumplida, Jesucristo, que es amor.

 

 

Importante é dar sempre o melhor de cada um de nós em tudo o que fazemos

Juan Carlos Baeza expressou que nunca imaginou que seria capaz de trabalhar em um projeto tão importante em sua vida. Mas o que ele tem certeza é que a Mãe e Rainha preparou seu coração para se entregar em cada detalhe com cuidado e desprendimento para a honra e glória do Pai celestial.

E acrescentou: “Durante todo este processo eu experimentei o mistério da Divina Providência. Já que toda alegria, problema ou situação que surgiu faz parte do plano perfeito de Deus.  Porque tudo tem seu tempo, o que muitas vezes é difícil de entender. Somente quando se tem fé no trabalho que Ele confia, a espera e todo o esforço valem a pena. Ele acrescentou que “tem sido impressionante ver como o trabalho que tem sido feito dia após dia tem tido um impacto em tantas pessoas. É por isso que é importante dar sempre o melhor de cada um de nós em tudo o que fazemos, porque Deus está sempre trabalhando.

Finalmente, o engenheiro Baeza agradece a todas as pessoas que trabalharam com ele de diferentes maneiras ao longo do processo de construção e sua esposa Carolina, que tem sido um pilar incondicional para este trabalho.

A Igreja será em breve concluída com o apoio de todos

E ele termina: “Todas as orações, bênçãos, belas palavras, gestos, tantas coisas boas que as pessoas tiveram comigo, me dão forças para seguir em frente e ver que este trabalho transcende suas vidas”. Estou certo de que com a intercessão da Mãe de Deus e o apoio de todos veremos em breve a conclusão deste Santuário Mariano. Portanto, convido-os a fazer a sua parte e fazer parte desta grande bênção.

“Toda casa é construída por alguém, mas o construtor de tudo é Deus”. Heb 3,4

Agradecemos cada doação à Paróquia da Imaculada Conceição, que pode ser feita através do telefone +506-2279 5760.

Mais sobre Costa Rica:

https://schoenstatt.com/es/schoenstatt-en-cartago-costa-rica-celebracion-festiva/

https://schoenstatt.com/es/iv-aniversario-del-santuario-de-schoenstatt-en-costa-rica/


O Papa Francisco rezou com os Avós

Ciudad del Vaticano

A festa dos Avós, dos Idosos

Como consequência da Jornada Mundial dos Avós e Idosos, o Arcebispo D. Heiner Koch, presidente da Comissão para o Matrimônio e a Família da Conferência Episcopal Alemã, motivou que o convite se traduza em atividades concretas. Para isso, o Arcebispo sugeriu uma reunião de gerações neste dia para que haja o compartilhar de histórias e experiências. Ressaltou ainda que as pessoas idosas levam consigo um tesouro de experiências de vida e de fé que merece ser compartilhado e mantido vivo com as gerações seguintes, os netos. Especialmente relevante, é o chamado do Arcebispo Koch aos agentes de pastoral das paróquias. Para que também possam contribuir para esse intercâmbio ele sugere “convocar e convidar os avós e idosos a escrever as histórias  de suas vidas e suas experiências de fé, para organizar e publicá-las na página Web correspondente”.

 

Receber a visita de um anjo

Em sua mensagem o Papa Francisco é  muito objetivo quando explica que o sentido desta Jornada Mundial depois de um longo período de isolamento, é que todos os avós, todos os idosos recebam a visita  de um anjo. “Às vezes terá o rosto de nossos netos, outras de familiares, ou de bons e velhos amigos ou ainda de pessoas que acabamos de conhecer nesses momentos difíceis”.

Por sua parte, o Dicastério concederá aos mais jovens que visitem seus avós a indulgência plenária estabelecida pelo decreto da Penitenciária Apostólica; essa visita pode ser uma oportunidade  para juntos verem a mensagem do Santo Padre ou recitar juntos a oração que está em: https://bit.ly/elderly2021

 

Oração Oficial

Dou-vos graças, Senhor,

Pelo conforto da Vossa presença;

Mesmo na solidão

Sois a minha esperança e a minha confiança;

Desde a minha juventude, sois a minha rocha e fortaleza.

 

Agradeço por que me destes uma família

E me abençoastes com uma longa vida.

Agradeço pelos momentos de alegria e de dificuldade,

Pelos sonhos realizados e pelos que estão por vir.

Agradeço por este momento de fecundidade renovada a que me chamas.

 

Aumentai, ó Senhor, a minha fé

Fazei-me instrumento da Vossa paz

Ensinai-me a acolher os que sofrem mais que eu,

A nunca deixar de sonhar

E a contar as Vossas maravilhas às novas gerações.

 

Protegei e guiai o Papa Francisco e a Igreja,

Para que a luz do Evangelho chegue aos confins da Terra.

Enviai o Vosso Espírito Senhor, para renovar o mundo;

Para que se acalme a tempestade da pandemia,

Para que os pobres sejam consolados e que todas as guerras acabem.

 

Sustentai-me na fraqueza,

E concedei-me viver plenamente

Cada instante que me dais,

Na certeza de que estais comigo todos os dias

Até o fim do mundo.

Amém.

Mais informações:

Mensagem do Papa Francisco na 1ª Jornada Mundial dos Avós e Idosos (pdf):Carregar arquivo (Fonte: Página web da Conferência Episcopal Alemã)

Fuente: vaticannews.va

 


El Papa Francisco y su magisterio del deporte

A abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021 ocorreu no Estádio Olímpico de Tóquio. No seu ensino sobre esporte, Francisco sublinha valores como o trabalho de equipe, a unidade e o fair play.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 foram adiados por um ano devido à pandemia do coronavírus. No entanto, com a chegada dos atletas à Vila Olímpica, já foram detectados casos positivos de coronavírus. Isso fez com que a organização japonesa ativasse o seu protocolo anti-covid.

Algumas das medidas tomadas para evitar a propagação da Covid19 são as seguintes:

Não haverá espectadores nas bancadas dos estádios;
Não é permitido o abraço entre os atletas;
Os vencedores dos Jogos Olímpicos terão de colocar as suas medalhas à volta do próprio pescoço para evitar qualquer possível contato.

 

O magistério do Papa Francisco sobre o esporte

Em diversas ocasiões, o Papa Francisco sublinhou o potencial educativo do esporte para os jovens, a importância de “colocar-se no jogo” e do “fair play“. Enfatizou ainda o valor da derrota, pois a grandeza de uma pessoa pode ser vista mais quando ela cai do que quando ela triunfa, tanto no esporte como na vida. 

O Papa, ainda, recordou aos atletas dos Jogos Olímpicos Especiais que o esporte pode ser “uma daquelas línguas universais que transcende as diferenças culturais e sociais, religiosas e físicas, e une as pessoas, tornando-as participantes no mesmo jogo e protagonistas juntas em vitórias e derrotas”.

Num discurso dirigido aos nadadores italianos em 2018, o Pontífice refletiu sobre o valor do esporte, dizendo: “independentemente dos resultados técnicos, eles oferecem um testemunho de disciplina, competição saudável e de jogo em equipe. Eles mostram que objetivos podem ser alcançados por meio da formação, o que implica um grande esforço e também renúncia”. Francisco insistiu no aspecto da “construção de equipes“. É verdade que a natação é principalmente um esporte individual, mas ao se praticá-la numa sociedade desportiva, em nível nacional, transforma-se numa experiência de equipe na qual a colaboração e a ajuda mútua contam muito”.

 

O fogo sagrado da paixão: a tocha olímpica

Na sua Carta Aberta à equipe de atletismo do Vaticano, Francisco compôs um verdadeiro discurso de motivação para os atletas que se preparavam para os Jogos Olímpicos. Ele fez uma comparação entre a chama dos Jogos Olímpicos e a sarça ardente do livro do Êxodo. “Quando penso no esporte, gosto muito da imagem do fogo: é brilhante, limpa, deslumbrante. Quando se torna uma chama já não fumega: é misteriosa, brilhante. É o fogo sagrado da paixão, que aquece sem consumir”.

Ao longo da sua carta aberta, o Sumo Pontífice encorajou os jovens atletas a perseguirem seus sonhos de vitória, apesar do sofrimento. Na mesma linha, no início deste ano, em entrevista a Gazzetta dello Sport, o Papa observou: “A vitória contém uma emoção que é até difícil de descrever, mas a derrota também tem algo de maravilhoso. De certas derrotas nascem belas vitórias, porque uma vez identificado o erro, se acende a sede de redenção. Eu diria que aqueles que ganham não sabem o que perdem”.

Nestes Jogos Olímpicos, que os atletas possam descobrir a glória que se encerra na confiança da equipe, o valor de um abraço não dado ou de aplausos silenciosos. E que todos possamos apreciar a fraternidade daqueles anéis entrelaçados e unidos. Além disso, que a tocha da esperança seja acesa, como um fogo sagrado que não se extinguirá em nossos corações.

 

Ángelus 25 de julho de 2021

 

Fonte: vaticannews.va
Fotos: www.laityfamilylife.va, Pixabay (Günther Simmermacher; Anncapictures)

 


Gabriel Oberle para ser ordenado diácono: como uma criança nas mãos de Deus

Karen Bueno

O Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt celebra neste sábado a ordenação diaconal do seminarista Gabriel Felipe Oberle. Rezemos por Gabriel, por sua vocação e por sua nova missão.

Quem é Gabriel, o próximo diácono?

Gabriel é natural de Londrina/PR e escolheu como lema, para esta ordenação, a frase: “O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele” (Lc 2, 40).

A Santa Missa será limitada a um grupo restrito de familiares e amigos, devido à pandemia, mas todos estão convidados a acompanhar a celebração, no dia 24 de julho de 2021, às 10 horas, pelo Youtube, no canal do Santuário Sião Jaraguá.

Acompanhe abaixo a entrevista com o Gabriel, na qual ela fala sobre este momento especial:

Como você conheceu a comunidade dos Padres de Schoenstatt e o que o levou, qual o impulso, para mergulhar nessa jornada?

Desde pequeno eu visitava o Santuário de Schoenstatt de Londrina junto aos meus pais, mas não conhecia o Movimento. Em 2008 um amigo me convidou para participar do Círculo da Aliança, para fazer uma espécie de consagração à Maria, que selei no dia 5 de julho do mesmo ano. Uma semana antes da Aliança, fui convidado a participar das Missões Universitárias que aconteceram no fim do mesmo mês. Desde aí comecei a participar do Jumas e foi surgindo uma amizade com os Padres e Seminaristas em Londrina.

Sempre fui muito participativo na paróquia. A pergunta vocacional não foi uma novidade, mas também não era algo presente quando entrei no Jumas. Acredito que a naturalidade e amizade com os Padres me levaram a voltar à pergunta e em começar um novo caminho de respostas.

 

Como foi sua trajetória de formação, por quais estágios passou?

Entre 2012 e 2013 vivi no Paraguai, onde temos nosso Noviciado. No primeiro semestre de 2013 fiz meu estágio laboral em Ciudad del Este/Paraguai, junto com Vicente Pesce e Francisco Salles, dois chilenos que foram do meu curso. Ambos seguiram a vocação do Matrimônio.

Em 2014 comecei os estudos de Filosofia e Teologia em Santiago do Chile. Neste primeiro momento pude acompanhar apostolicamente ao Jumas do Santuário de Campanário, também em Santiago.

Em 2017 fiz meu estágio pedagógico na Casa Central dos Padres de Schoenstatt no Jaraguá, São Paulo/SP, quando pude acompanhar mais de perto ao Jumas do Regional Sudeste. Também me marcaram muito neste ano as participações nas Missões Cristo Tabor, Jovem Tabor e Missões Familiares, assim como poder participar da vida do Santuário Sião Jaraguá e da bênção do Santuário de Caieiras.

No ano de 2018, junto com o meu curso, tivemos nosso terciado e um tempo de formação em Schoenstatt. Voltando na metade do mesmo ano para Santiago, para seguir com os estudos. Nesse tempo de retorno ao Chile, acompanhei apostolicamente a Fundação Misericórdia, um projeto situado em um bairro vulnerável da capital chilena que acompanha crianças.

Neste tempo final da formação, tive a alegria e o desafio de trabalhar na restauração dos móveis do Santuário Sião da Trindade, que fica no nosso Seminário em Santiago.

 

Para você, por que vale a pena essa escolha em ser sacerdote?

Acredito que vale a pena aceitar a escolha que Deus tem para nós. Nossa vida está nas mãos d’Ele, basta que reconheçamos isso. Deus me chamou ao sacerdócio para que eu possa ser feliz e levar Cristo aos demais, eu só aceitei esse chamado. Se olho minha história de vida, posso encontrar vários momentos em que Maria esteve presente do meu lado e me ajudou a encontrar a felicidade, mas também posso reconhecer que todo o meu caminho de vida foi um caminho de buscar a felicidade junto a Deus.

Quando vemos nossa vida como um caminho de felicidade, a realidade encontra seu verdadeiro sentido.

Por isso, mais que pensar se valeu a pena escolher ser sacerdote, eu acredito que vale a pena entregar minha vida ao caminho para o qual Deus me chamou e, assim, poder ser mais feliz e levar Cristo às pessoas que Ele colocar no meu caminho.

“O menino crescia e ficava forte, cheio de sabedoria. E a graça de Deus estava com ele” (Lc 2, 40). 

Por que escolheu este lema para a ordenação diaconal e o que espera, a partir dele, para este ministério?

O lema da ordenação veio nesse mesmo caminho de entregar-me à vontade de Deus. Foi um caminho de reconhecer-me como uma criança nas mãos de Deus.

Durante o retiro de ordenação dos meus irmãos de curso, em novembro do ano passado, encontrei uma imagem em um livro que me chamou a atenção. Era uma pintura de Frei Roger (fundador da comunidade Taizé) de um menino com um aviãozinho nas mãos. Fiquei com aquela imagem na cabeça, mas troquei o aviãozinho por um barquinho de papel, um símbolo que me acompanha faz muitos anos. O barquinho de papel me lembra essa mesma entrega nas mãos do artesão, me lembra a história que tenho escrita no papel, me lembra a minha fragilidade, me lembra a força da arte, etc. Assim que o barquinho de papel nas mãos daquele menino conseguiu juntar vários elementos pessoais.

O segundo passo foi o que me levou ao lema. Com a imagem do menino com o barquinho já montada, fui me aproximando cada vez mais da imagem de Jesus criança, que aprende a caminhar com José e Maria, que brinca no jardim de casa, que ajuda José na marcenaria, que corria para pedir pão a Maria… um Jesus que cresceu como uma criança qualquer, que passou por todo um caminho de descobertas e desenvolvimento. Então procurei esse versículo que representa em poucas palavras todo esse processo que passou Jesus com a Graça de Deus.

Por último, sempre confiei que tenho um Anjo da Guarda que me acompanha e protege. Como meu nome é Gabriel, de certo modo a imagem do Arcanjo Gabriel sempre esteve presente na Graça de Deus, acredito que eu cresci acompanhado pela presença do meu Anjo da Guarda. Por isso escolhi a oração do Santo Anjo para este tempo.

 

Fotos: cathopic, schoenstatt.org.br.

 

 


Mario Hiriart, uma vida de santidade heroica

Pe Eduardo Aguirre

Em 23 de julho celebramos o aniversário do Venerável Servo de Deus, Mario Hiriart, uma vida de santidade heroica. Mario nasceu em Santiago do Chile em 1931. Este ano ele completaria 90 anos de idade.

Seu caminho de vida: a santidade heroica

Desde o momento em que Mario entrou em contato com Schoenstatt aos 16 anos de idade, ele se comprometeu com constância e lealdade. A partir de então, ele iniciou um sério desenvolvimento em sua vida religiosa, identificando-se cada vez mais com os ideais de Schoenstatt. Em suas primeiras anotações em seu caderno pessoal, que ele começou a escrever em 1948 e que guardou até sua morte, ele já expressa claramente sua séria aspiração à santidade.

“Para trabalhar bem eu preciso de uma base, de uma fundação: a vida interior. Para dar glória a Deus eu preciso ter me preparado para este trabalho; esta preparação implica uma perfeição espiritual que me permite estar acima do meio que desejo influenciar; devo, portanto, me santificar. A fim de me santificar, devo intensificar o cumprimento de meus deveres como estudante, já que a obrigação primária de todo católico é o cumprimento exato de seus deveres de estado. O fiel desempenho dos deveres profissionais deve ser oferecido a Deus como um sacrifício feito para Sua glória e por amor a Ele“.

Instrumento nas mãos da Mãe de Deus

Mario se consagrou como leigo nos Irmãos de Maria, como um instrumento nas mãos da Mãe de Deus. Pouco a pouco, Mario identificou-se totalmente com Schoenstatt, com sua espiritualidade e seus ideais, descobrindo nela seu modo de fé, sua maneira de participar da vida da Igreja e seu compromisso como cristão no meio do mundo.

Ao participar e assimilar os ensinamentos do Padre Kentenich, tornou-se um dos fundadores de Schoenstatt no Chile, foi membro do primeiro grupo de jovens que surgiu em Bellavista e foi um de seus líderes mais determinados, entusiasmados e constantes.

Schoenstatt, meu mundo inteiro

À medida que aprendeu mais profundamente sobre a espiritualidade e a pedagogia de Schoenstatt, sua admiração pelo Pai Fundador, o Pe. Kentenich, cresceu. Em 1957, escreveu em seu diário:

 

“Hoje é 18 de outubro, meu décimo 18 de outubro como schoenstattiano. São 10 anos de transformação total de toda a minha vida. Mãezinha, não acredito que se trate simplesmente da maturação do final da adolescência: parece-me que posso dizer que me descobri nestes anos, que descobri por que existo, que encontrei a razão da minha vida. Sim, Mãezinha, é isso. Antes de conhecer Schoenstatt, a razão de minha vida parecia ser ler e estudar, mas agora, Mãezinha, como tudo é diferente!

Estes 10 anos abriram um mundo totalmente novo para mim. Creio que posso dizer com toda sinceridade que Schoenstatt se tornou meu mundo inteiro, um mundo imenso e maravilhoso, do qual eu vivo e para o qual vivo. Minha vida inteira, Mãezinha, agora não tem razão de existir sem a capelinha, tu nela, nossa aliança de amor, nosso Padre Kentenich, toda a família. Encontrei pessoas que me deram um amor humano sobrenaturalizado, encontrei pais, irmãos, irmãs, encontrei a paz em tempos de agitação. Mãezinha, eu tenho sido feliz lá porque tive tudo isso contigo. Portanto, Mãezinha, hoje quero renovar minha aliança de amor contigo em teu santuário“.

 

Outras citações de seu diário

Em 18.04.1957 ele escreveu:

“Mãezinha, quero dar a renovação de minha consagração, que estou fazendo imediatamente (exatamente à meia-noite da Quinta-feira Santa), o caráter de um Ato de Fidelidade pessoal ao Padre Kentenich“.

E mais tarde, em 3 de janeiro de 1958:

“… (vejo a) necessidade de unir-me completamente ao Padre Kentenich, como única forma de realizar em nós o Schoenstatt total, que ele encarna. Minha Mãezinha, tu sabes como minha vinculação a ele cresceu nos últimos anos. Entendo perfeitamente que ele é o pai da Família, e que cada membro da Família que quer vivê-la em plenitude tem que se assemelhar a ele. A única maneira de ser verdadeiramente Schoenstatt é assimilar-se ao modelo de vida de Schoenstatt, que é nosso pai e fundador.

Por isso também é necessário criar uma relação pessoal vital com ele, porque só se pode imitar o que se conhece e se ama. Portanto, é fundamental para nós, conhecer e amar muito intensamente o Padre Kentenich, para estabelecer com ele a relação vital mais profunda que nos é possível”.

De Bellavista, em 8 de julho de 1956, Mario escreveu ao Pe. Kentenich:

“Querido Pai Fundador: O caminho da minha vocação, como a vejo hoje, foi minha convicção pessoal de que o cristianismo de nosso tempo exige imperativamente um grau extraordinário de santidade leiga. Esta santidade leiga deve ser traduzida em uma firme vocação a uma profissão e a uma missão no mundo leigo, sublimada por uma concepção perfeitamente cristã e teocêntrica da vida leiga e realizada com um heroísmo igual ou até maior do que o dos maiores mártires da Igreja. O estado laico da vida também deve ser uma forma ordinária de santificação”.
Mario Hiriart morreu de câncer em Milwaukee, EUA, em 15 de julho de 1964, onde o Pe. José Kentenich, ao visitá-lo, lhe deu a extrema unção. Seus restos mortais descansam atrás do Santuário de Schoenstatt em Bellavista, Santiago do Chile.

 

Pe. Eduardo Aguirre, Postulador – Roma, 07.2021

Visite também o site: www.mario-hiriart.net

Veja também (em espanhol) : ⇒Mario Hiriart, un video que tocará tu corazón

 

 


Mario Hiriart, um leigo com cerne capaz de formar de um santo

Pe. Eduardo Aguirre

Mario Hiriart: Venerável Servo de Deus

A causa da beatificação de Mario Hiriart na primeira fase diocesana foi oficialmente aberta em Santiago do Chile em 20 de outubro de 1998. Foi encerrado em 2 de setembro de 2004, e toda a documentação foi enviada a Roma para a Congregação para as Causas dos Santos.

A segunda etapa, a fase romana do processo durou vários anos e finalmente, em 21 de fevereiro de 2020, o Papa Francisco declarou Mario Hiriart “Venerável Servo de Deus”. Isto significa que a Igreja considera que Mario:

  • viveu, em nível pessoal, familiar, profissional e apostólico, permitindo-se ser animado pelo Espírito Santo.
  • Em todas as suas ações ele foi guiado pela fé, animado pela caridade e sustentado pela esperança.
  • praticou as virtudes cardeais e as outras virtudes de maneira exemplar e heroica.
  • desenvolveu as virtudes cristãs de forma constante, fiel e alegre, de acordo com seu estado de vida e de acordo com suas tarefas. Tudo isso em meio aos desafios e dificuldades da vida cotidiana e do ambiente no qual ele foi chamado a agir.
  • viveu tudo de uma maneira extraordinária e em maior medida do que qualquer bom cristão em sua própria condição.

 

Mario Hiriart: viveu a Aliança de Amor

A Igreja também reconhece e afirma que Mario tem “as feições de um santo” e que sua vida é exemplar para todo cristão, especialmente para os leigos, no meio do mundo.

Atualmente, por intercessão de Mario, é necessário apenas um milagre para que ele seja declarado Beato. Então, com um segundo milagre, ele poderia ser canonizado e celebrado como um santo na Igreja universal.

O reconhecimento pela Igreja do caráter exemplar de Mario para nosso tempo nos oferece um modelo claro de vida leiga no meio do mundo. É também um grande incentivo para aspirar aos ideais e ao compromisso com a missão de acordo com o carisma de Schoenstatt.

Mario Hiriart viveu a Aliança de Amor em profundidade, amadurecendo em seu amor por Maria, a quem veio para se entregar com um amor profundo, caloroso, íntimo, filial, a ponto de oferecer sua vida. Ele estava profundamente enraizado no Santuário de Bellavista, que se tornou seu lar espiritual e a fonte de graças em sua luta pela santidade.

Como expresso acima, Mario identificou-se plenamente com o carisma de Schoenstatt e assumiu-o como a missão de sua vida. Isto o levou a se consagrar como leigo nos Irmãos de Maria, procurando a cada passo ser um instrumento nas mãos da Mãe de Deus.

 

A santidade leiga e apostólica no mundo de hoje

Como resultado, Mario Hiriart ganhou uma percepção clara dos desafios de seu tempo e da missão da Igreja de evangelizar a cultura de hoje. Ele se identificou plenamente com a visão profética do Padre Kentenich, que afirma que o tempo presente requer santos leigos, que por suas ações e compromisso santificam a sociedade e a cultura.

À medida que aprendeu mais profundamente sobre a espiritualidade e pedagogia de Schoenstatt, sua admiração pelo Pai Fundador cresceu – que conheceu pessoalmente em 1948 e nas seguintes visitas do Padre Kentenich no Chile – e a quem veio a considerar uma figura carismática e profética para nosso tempo. Na medida em que se vinculou pessoalmente a ele, ele se reconheceu como seu discípulo e filho espiritual.

Pouco antes da morte de Mário em Milwaukee, o Padre Kentenich comentou ao Padre G. Boll: “Mário é um homem extraordinário, eu diria que ele é o ideal do homem masculino, aquele que queremos formar em Schoenstatt; claro na inteligência, forte na vontade e com uma profundidade de vida afetiva e, sobretudo, com uma profundidade de alma, penetrado pela graça de Deus”.

Visita também: Instituto Secular dos Irmãos de Maria de Schoenstatt (em Inglês)